Após fim das emendas impositivas, Lula reúne ministros para discutir relação com o Congresso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne nesta segunda-feira (19) com ministros e líderes do governo no Congresso em um momento de crescente tensão entre o Legislativo e o Supremo Tribunal Federal (STF). O encontro acontece após o STF determinar a suspensão do pagamento de emendas impositivas.

Participam da reunião o vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), além do ministro interino da Secretaria de Comunicação Social, Laércio Portela.

Também estarão presentes os líderes do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP).

Na última sexta-feira (16), o STF confirmou por unanimidade a decisão do ministro Flávio Dino de suspender a execução de emendas impositivas propostas por parlamentares ao Orçamento da União. Vale destacar que essa suspensão permanece em vigor até que o Congresso crie novos procedimentos que garantam a transparência na liberação dos recursos.

AO VIVO: Arthur Lira bate de frente com Dino (veja o vídeo)
Flávio Dino atrás de Lula e Arthur Lira. Foto: reprodução

Em resposta, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deu andamento a duas propostas: uma para limitar os poderes dos ministros do STF em decisões individuais e outra que permite ao Congresso suspender decisões da Corte.

Além disso, também na última sexta-feira (16), Lula afirmou que não deve haver “emenda secreta”, mas defendeu a necessidade de negociação com o Congresso para resolver a situação.

“O que não é correto é o Congresso ter emenda secreta. Não pode ser secreta. Porque alguém apresenta emenda e não quer que seja publicizada, se é feita para ganhar apoio político. Eu acho que esse impasse que está acontecendo é possivelmente o fator que vai permitir a negociação com o Congresso”, disse o presidente, em entrevista à Rádio Gaúcha.



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