A OpenAI anunciou nesta terça-feira (20) que liberou seu modelo mais avançado, o GPT-4o, para clientes corporativos que queiram construir uma versão personalizada de IA com base na tecnologia da dona do ChatGPT.
O processo de fazer um modelo adaptado a partir de um LLM (sigla em inglês para grande modelo de linguagem) é chamado por especialistas de “fine tuning”, ou ajuste fino.
O modelo que passa pelo ajuste fino recebe dados fornecidos pela organização que deseja personalizar a IA. Assim, ele fica melhor em resolver problemas específicos, como atender um certo tipo de cliente ou respeitar um determinado regimento interno.
“Os desenvolvedores podem produzir resultados sólidos para seus aplicativos com apenas algumas dezenas de exemplos em seu conjunto de dados de treinamento”, diz a OpenAI.
O treinamento de ajuste fino do GPT-4o custará US$ 25 por milhão de tokens. A inferência, que é a aplicação prática do modelo para gerar respostas, custa US$ 3,75 por milhão de tokens de entrada (texto fornecido pelo usuário) e US$ 15 por milhão de tokens de saída (respostas geradas pelo modelo).
A empresa oferecerá 1 milhão de tokens —unidade de texto usada para calcular capacidade de modelos— por dia gratuitamente até 23 de setembro.
Para o ajuste fino do GPT-4o mini, uma versão simplificada que já estava disponível para personalização, a OpenAI oferecerá 2 milhões de tokens de treinamento por dia gratuitamente até 23 de setembro.
A OpenAI afirmou que os modelos ajustados permanecem inteiramente sob o controle das empresas detentoras, “com propriedade total dos dados de negócios, incluindo todas as entradas e saídas”.
“Isso garante que seus dados nunca sejam compartilhados ou usados para treinar outros modelos”, diz a dona do ChatGPT.
Camadas de segurança adicionais foram implementadas para que os modelos ajustados não sejam utilizados de modo a ferir políticas da empresa, de acordo com a OpenAI.