As inscrições para a primeira edição da Mostra Pedagógica, voltada à Educação Especial, estão abertas até o dia 30 de agosto. O evento, que acontecerá no dia 26 de setembro no auditório da Seed (Secretaria Estadual de Educação e Desporto) busca destacar os trabalhos desenvolvidos no AEE (Atendimento Educacional Especializado), e a importância de uma educação equitativa que valorize as pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, e altas habilidades/superdotação.
A Mostra Pedagógica será uma oportunidade única para que professores que atuam nas salas de recursos multifuncionais, possam apresentar as atividades desenvolvidas nos 1º e 2º bimestres deste ano. Segundo Helen Feijó, chefe da Divisão de Educação Especial da Seed, os projetos inscritos devem ter sido realizados nas salas de recursos multifuncionais do AEE, que são espaços dedicados a atender as necessidades educacionais específicas dos alunos.
“Nosso objetivo é mostrar à comunidade os trabalhos que estão sendo feitos pelos estudantes e as mediações pedagógicas utilizadas no Atendimento Educacional Especializado. Queremos dar visibilidade às habilidades dos alunos que são público-alvo da educação especial na rede estadual de ensino”, afirmou.
Inscrições
Cada unidade escolar pode inscrever até dois trabalhos, e as inscrições podem ser realizadas pelo link. O Governo do Estado mantém 53 salas de recursos multifuncionais em funcionamento na capital, além de nove salas nas unidades escolares não indígenas e uma indígena. Outras 40 salas estão em processo de implantação, através do recurso do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
Helen Feijó reforça que a proposta da Mostra Pedagógica é que todos os segmentos da comunidade escolar envolvidos na elaboração dos trabalhos possam apresentar as práticas pedagógicas, fortalecendo o compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, concluiu.
Escolas estaduais desenvolvem iniciativas inovadoras de Atendimento Educacional Especializado
Várias iniciativas inovadoras e que promovem a inclusão e o desenvolvimento de alunos da Educação Especial são desenvolvidas diariamente por escolas públicas estaduais, e serão destaque durante a Mostra Pedagógica.
Na Escola Estadual Buriti, a professora Roseane Parente lidera o projeto “A Arte de Incluir”, que destaca o talento artístico da aluna Lawanna Thifany Pereira Fontinele, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista.
Lawanna, aluna do 6º ano, tem utilizado folhas de isopor como suporte para suas pinturas, uma solução prática e acessível. Recentemente, a escola adquiriu telas tradicionais para que ela possa preparar suas obras para a Mostra Estadual da Educação Especial, onde suas criações serão exibidas ao público.
“Lawanna prefere pintar de costas, mantendo a cabeça baixa para evitar fotos, uma característica comum ao nível 1 do TEA, que inclui maior sensibilidade ao contato visual e à exposição pública”, explica Roseane Parente. O projeto visa não apenas desenvolver a criatividade e o pensamento artístico dos alunos atendidos pelo AEE, mas também reforçar a importância da inclusão em um ambiente educativo.
Já na Escola Estadual Hildebrando Ferro Bittencourt, a professora Katiucy Cunha coordena um projeto na Sala de Recursos Multifuncional, voltado para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, motoras e sociais dos alunos da Educação Especial.
Utilizando Lego como principal ferramenta pedagógica, o projeto é realizado no contraturno e envolve os alunos Adrian Alejandro Fuentes, Giovanna Mesquita Bussacchi, Myguel de Oliveira Ramos e Victor Hugo Chaves. “A utilização de Lego é uma ferramenta riquíssima, com um resultado maravilhoso na vida dos alunos”, afirma Katiucy Cunha.
Ela destaca que as atividades colaborativas com Lego não só auxiliam no desenvolvimento motor e cognitivo dos estudantes, mas também fortalecem habilidades sociais, como o trabalho em equipe e a comunicação.
O projeto tem mostrado resultados significativos no processo de aprendizagem e na integração dos alunos. Ambas as iniciativas reafirmam o compromisso das escolas estaduais com a criação de ambientes educativos inclusivos e o desenvolvimento integral de seus alunos, mostrando como práticas pedagógicas diferenciadas podem fazer a diferença no processo de ensino e aprendizagem.
