Macron retoma consultas com a extrema direita para nomear governo

Mas o presidente de centro-direita, que iniciou na sexta-feira a série de consultas com a coalizão de esquerda, recusou por enquanto nomeá-la como chefe de Governo, considerando que não tem maioria suficiente na Assembleia.

Le Pen e a estrela em ascensão da extrema direita Jordan Bardella confirmaram a Macron que apoiarão uma moção de censuara contra um governo da NFP, inclusive sem ministros do LFI, indicaram os dois após o encontro no Palácio do Eliseu, sede da presidência em Paris.

Alcançar uma maioria estável parece difícil com a nova Câmara Baixa. A aliança de Macron obteve 166 deputados, seguida pela extrema direita e seus aliados (142) e pelo tradicional partido de direita Os Republicanos (LR, 47).

Todos eles já anunciaram que apresentariam uma moção de censura caso o futuro governo tivesse ministros da LFI, mas no momento o nome da economista Castets é o único na mesa, devido à rejeição da direita a um acordo de coalizão com Macron.

O veterano líder do LFI, Jean-Luc Mélenchon, considerou não participar do governo de Castets para abrir o caminho para a sua nomeação, mas isso não acabou completamente com a resistência dos demais blocos.

Macron chocou a França com a inesperada antecipação das legislativas marcadas para 2027, após a vitória de Bardella nas eleições europeias, e agora não pode dissolver novamente a Assembleia até julho de 2025.



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