O Governo de São Paulo liberou R$ 5,9 milhões para a contratação de serviços de monitoramento e combate a incêndios florestais com aeronaves. Os recursos destinados à Casa Militar vão auxiliar no enfrentamento das queimadas que se agravam por conta das condições meteorológicas adversas nas próximas semanas, com previsão de tempo seco, ventos e altas temperaturas.
As aeronaves são importantes nos trabalhos em regiões de difícil acesso por vias terrestres, como no caso das unidades de conservação. Elas são utilizadas para despejar água para conter as chamas, além de auxiliarem a monitorar e localizar focos.
Os quase R$ 6 milhões liberados nesta quinta-feira (5) vão permitir a contratação de 120 horas de voo de monitoramento e 300 de combate aéreo, somando 420 horas.
O Governo de São Paulo já conta com a contratação de outras 1.200 horas de voo via Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e 200 horas pela Defesa Civil que podem ser utilizadas nas queimadas. Os helicópteros da Polícia Militar também auxiliam no combate ao fogo. Os trabalhos no período de estiagem são coordenados pela Operação SP Sem Fogo, que desde junho está na fase vermelha de atenção às queimadas. Além de Defesa Civil e Semil, a ação conta com as secretarias da Segurança Pública (SSP) e da Agricultura.
Desde o dia 23 de agosto, quando a situação se agravou, o Governo de São Paulo mantém o Gabinete de Crise para reforçar o enfrentamento ao fogo. O número de focos de calor cresceu 386% entre janeiro e agosto deste ano, na comparação com 2023. Além disso, cerca de 8.049 propriedades rurais foram afetadas pelos incêndios em 317 municípios.
O Governo de São Paulo vem reforçando a estrutura que já estava preparada para o período de estiagem. Além dos R$ 5,9 milhões para as aeronaves, o efetivo terrestre também foi ampliado nesta semana. Serão 15 novas equipes que irão atuar nas Unidades de Conservação, somando-se às 19 já existentes.
São mais 45 bombeiros civis, com 15 veículos 4×4, equipados com motobombas com capacidade de 600 litros d’água e mangueira acoplada, e novos equipamentos de controle do fogo. Assim, o número de bombeiros sobe de 57 para 102 pessoas, aumento de quase 80%.
Outra ação visando o controle das queimadas foi o fechamento dos parques localizados nas Unidades de Conservação da região metropolitana e interior paulista. O objetivo é proteger a vegetação e visitantes e também concentrar o trabalho dos funcionários dessas áreas no monitoramento de focos.