Diante desse cenário, nesta terça-feira, 10, o presidente defendeu a ministra do Ambiente, Marina Silva. “É preciso parar com essa história de que é a ministra Marina que não quer construir a BR-319”, afirmou nesta manhã durante visita à comunidade em Manaquiri (AM).
De acordo com Lula, na volta a Brasília, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, deve convocar uma reunião com ministros e com o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), para “definir uma política de atuação no Estado”. “Nós queremos pactuar, governador, com o Estado. Estado e federação. Vamos ter que garantir de que não vamos permitir o desmatamento e a grilagem de terra próximo à rodovia, como é habitual acontecer neste país”, declarou o chefe do Executivo federal.
“Enquanto esses 52 km vão ser construídos, nós vamos preparar o Estado para que a gente possa entregar definitivamente a ligação entre Manaus e Porto Velho sem causar prejuízos”, disse.
Apesar da posição de ambientalistas sobre o projeto, defensores da BR-319 ressaltam a importância da ligação terrestre entre Manaus e Porto Velho, sobretudo para escoar a produção agropecuária.
Na avaliação de Lula, a importância da rodovia se dá especialmente durante a seca no Rio Madeira. “Nós temos consciência de que, enquanto o rio estava navegável, cheio, a rodovia não tinha a importância que tem, enquanto o rio Madeira estava vivo. E nós não podemos deixar duas capitais isoladas”, disse.
“Nós vamos fazer a reconstrução da BR-319 com a maior responsabilidade e queremos construir uma parceria de verdade entre governo federal e governo do estado”, acrescentou.