Governo eleva previsão de alta do PIB e da inflação em 2024

Adriano Machado/Reuters

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Em nota, a SPE reiterou expectativa de crescimento da economia superior “a 5,0% em 2021 e maior que 2,0% em 2022”

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A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda elevou a projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2024 a 3,2%. A estimativa anterior era de alta de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

Apesar da previsão de um PIB mais forte neste ano, a Pasta piorou a expectativa para o crescimento da economia em 2025. A estimativa oscilou em baixa, passando de 2,6% para 2,5%. Além disso, a SPE da Fazenda também prevê um nível mais elevada para a inflação à frente.

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Segundo a secretaria, o resultado do PIB no segundo trimestre deste ano superior ao esperado elevou o carregamento estatístico para o crescimento de 2024. Ainda assim, na avaliação da Pasta, haverá desaceleração moderada no ritmo de atividade no terceiro trimestre deste ano, em base trimestral.

Ao mesmo tempo, a revisão para baixo no PIB de 2025 reflete “a perspectiva de início de novo ciclo de alta nos juros pelo Banco Central”.

Inflação mais alta

As informações constam em boletim divulgado nesta sexta-feira (13). O documento apontou uma piora na visão do governo para o IPCA, com a projeção de alta indo a 4,25% em 2024. Em julho, a estimativa era de 3,9%. Já a expectativa para o índice oficial de preços ao consumidor brasileiro para 2025 foi ajustado de 3,3% para 3,4%.

Segundo a SPE, o repasse de variações cambiais para a inflação no Brasil tem ocorrido de maneira mais significativa após um período de dois trimestres. Trata-se de um prazo mais longo do que o de um trimestre observado em ciclos econômicos anteriores.

Para a Pasta, ao analisar o período mais curto, de um trimestre após a variação cambial, não se vê impacto significativo sobre a variação de preços livres. Além disso, cálculos da SPE mostram que elevações de cerca de 1% na cotação do dólar em relação ao real geram aumento de 0,03 ponto percentual (pp) na inflação de preços livres após um semestre.

O Ministério da Fazenda incorporou essas estimativas ao projetar uma inflação de 4,25% neste ano. Segundo a secretaria, a desvalorização da moeda brasileira frente à norte-americana contribui para uma alta de 0,16 pp na estimativa do IPCA deste ano.

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Para o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, o comportamento recente da taxa de câmbio tem sido bom, após a redução de incertezas nos cenários externo e doméstico. “Várias das incertezas que geraram comportamento um pouco pior do câmbio foram debeladas. Agora vemos exatamente o contrário, uma valorização cambial no Brasil”, disse.

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