A multinacional espanhola Endesa anunciou hoje o lançamento do plano formativo da Escola Rural de Energia Sustentável para o último quadrimestre de 2024, na área geográfica centrada em Abrantes, com cursos gratuitos focados em energias renováveis, no setor primário e na gestão e tecnologia.
Em comunicado, a Endesa indica que os cursos da Escola Rural de Energia Sustentável, a realizar entre setembro e dezembro em parceria com várias instituições, “contam com certificação profissional e vão ser ministrados em parceria com entidades de reconhecido prestígio (ISQ e CAP) e devidamente certificados por entidades reguladoras”.
Tendo destacado que estes cursos são uma “oportunidade única de desenvolvimento profissional”, a Endesa realça que “a formação é um pilar estratégico para o Projeto de Transição Justa do Pego”, em Abrantes, e que “já se formaram 319 alunos e foram ministradas 1.715 horas de formação teórica e prática” desde o lançamento da Escola Rural de Energia Sustentável, em março de 2023.
A Endesa, empresa de energia que vai explorar a antiga central a carvão do Pego, anunciou em 2023 um investimento de um milhão de euros na criação de uma Escola Rural de Energia Sustentável, de formação gratuita e direcionada para mais de 1.300 beneficiários”, com o Plano Global de Formação a prever mais de 5.000 horas de formação durante três anos, relacionadas com a atividade que será gerada pelas centrais de energias renováveis.
Os cursos deste quadrimestre acontecerão na região de implantação do Projeto de Transição Justa do Pego, nos municípios de Abrantes, Chamusca, Gavião, Crato e Ponte de Sor.
O detalhe do plano formativo atualizado, local de realização e os formulários para inscrição estão disponíveis no site Endesa.pt. As inscrições também podem ser realizadas presencialmente no escritório da Endesa na Avenida Mário Soares, 37 B, em Abrantes, na Junta de Freguesia do Pego, Associação de Agricultores de Abrantes, Incubadora de Empresas de Gavião, Fábrica do Empreendedor da Chamusca, e ACIPS, em Ponte de Sor.
Depois do fecho da central térmica do Pego em 2021, a Endesa, através da sua filial Endesa Generación Portugal, venceu em 2022 o concurso público de transição justa do Pego com um projeto que combina a hibridização de fontes renováveis e o armazenamento naquela que será a maior bateria da Europa, com iniciativas de desenvolvimento social e económico na região.
“A Endesa está a trabalhar num plano no qual envolveu todos os agentes locais, estudando e analisando as suas necessidades, e desenvolvendo com sucesso um plano de crescimento económico e social na região de implantação do projeto de Transição Justa do Pego”, indicou a empresa, em agosto deste ano.
Neste plano, indica, “incluem-se, entre outras, as iniciativas “Escola Rural de Energia Sustentável”, lançada em 2023, através da qual a Endesa já formou mais de 300 alunos na região, em 17 cursos, e o projeto “Apadrinha uma Oliveira”, responsável, até hoje, pela “criação de cinco postos de trabalho diretos permanentes”, e pela “recuperação de 2.500 oliveiras abandonadas”.
Com o fecho da central a carvão do Pego, em 30 de novembro de 2021, a companhia obteve em 2022, em concurso público para reconversão da central de produção de energia, um direito de ligação à Rede Elétrica de Serviço Público (RESP) de 224 MVA para a instalação de 365 MWp de energia solar, 264 MW de energia eólica, com armazenamento integrado de 168,6 MW, e um eletrolisador de 500 kW para a produção de hidrogénio verde.
O projeto prevê um investimento de 600 milhões de euros, a reconversão profissional de 2.000 pessoas e a criação de 75 postos de trabalho diretos, sendo que o compromisso é dar preferência e integrar os trabalhadores da antiga central a carvão.
A Endesa é a maior elétrica espanhola e a segunda na distribuição de gás em Espanha.
c/LUSA