Governo Biden propõe proibição de software chinês em veículos conectados

O governo dos Estados Unidos propôs nesta segunda-feira (23) uma nova proibição que impede o uso de softwares desenvolvidos na China em veículos conectados à internet. A justificativa, de acordo com a administração Biden, é reforçar a segurança nacional, prevenindo possíveis ameaças de espionagem por parte de agências de inteligência chinesas.

A medida tem como objetivo impedir que esses softwares sejam usados para monitorar cidadãos americanos ou acessar redes críticas, como a de energia elétrica do país. Essa iniciativa segue a mesma lógica adotada anteriormente, que baniu equipamentos de telecomunicações da Huawei e investigou a presença de guindastes chineses em portos dos EUA.

Recentemente, o Congresso também exigiu que o aplicativo TikTok rompesse seus laços com empresas chinesas, em um movimento que tem gerado um afastamento digital entre as duas maiores economias do mundo.

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Além disso, Biden já havia anunciado tarifas de 100% sobre veículos elétricos fabricados na China, alegando que eles recebem subsídios maciços em seu país de origem. O governo norte-americano considera essa medida como uma forma de proteger a indústria automotiva doméstica e garantir empregos para trabalhadores americanos.

Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional de Biden, afirmou durante uma coletiva de imprensa que muitas tecnologias em veículos conectados coletam grandes volumes de informações sobre os motoristas e se conectam constantemente a dispositivos pessoais, outros carros, infraestruturas críticas dos EUA e fabricantes de veículos. Ele destacou que essas conexões introduzem novas vulnerabilidades e ameaças à segurança nacional.

Com essa nova proibição, o governo Biden reforça sua estratégia para proteger as infraestruturas críticas do país e mitigar riscos cibernéticos. Esta pode ser uma das últimas grandes iniciativas de bloqueio a produtos chineses durante sua administração, em um contexto de crescente desconfiança nas relações entre Washington e Pequim, além das intensas disputas narrativas entre democratas e republicanos na pré-eleição presidencial.

*Com informações do The New York Times

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