Maioria das contratações será de forma informal. Média da remuneração é de R$ 1.553,20. Vendedores, ajudantes e cabeleireiros são as principais vagas abertas
O final do ano se aproxima e faltando apenas três meses para as celebrações, o comércio já inicia o processo de contratações para o final do ano. A boa notícia para quem está sonhando com uma vaga no mercado de trabalho é que 30% dos empresários do setor de comércio e serviços devem abrir vagas nos próximos meses, sendo aproximadamente 110 mil vagas sejam temporárias, informais, efetivas ou terceirizadas. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). São quase 16 mil vagas a mais que em 2022, em que foram estimadas 94.679 mil vagas.
De acordo com o levantamento, entre os empresários que pretendem abrir vagas nos próximos meses, serão contratados em média, 02 profissionais por empresa. 54% contrataram ou pretendem contratar funcionários temporários, sendo a média de 1,8 colaboradores e o tempo médio da contratação de 2,3 meses. Entre esses, 26% devem ser efetivados, sendo a média de 1,2 colaboradores. Por outro lado, 51% não pretendem efetivar funcionários temporários, e 23% não sabem. Três em cada quatro entrevistados (33%) pretendem contratar por tempo indeterminado.
Quanto a modalidade das contratações, 52% pretendem contratar funcionários sem carteira assinada, 45% registrados pela empresa e 20% terceirizados.
“As contratações de fim de ano representam uma oportunidade aos desempregados. Sabemos que existe sempre a oportunidade das vagas temporárias se efetivarem após o período de festas, principalmente para os profissionais que mais se destacam no trabalho”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.
Entre os empresários que farão contratações para o final de ano as principais razões são: suprir a demanda que aumenta neste período do ano (55%), estão confiantes devido as boas vendas deste ano (28%), precisam expandir a empresa (22%) e querem investir na qualidade dos seus serviços (22%).
51% das empresas devem oferecer algum tipo de benefício ao colaborador, sendo os principais vale ou auxílio transporte (68%), vale alimentação / refeição (57%) e participações nos lucros / comissões nas vendas (22%). A respeito do formato do trabalho, 93% das vagas em aberto são para trabalho presencial. Somente 2% para home office e 3% no modelo híbrido.
Vendedores, ajudantes e cabeleireiros serão as principais vagas abertas
Três em cada dez entrevistados afirmam que contrataram ou pretendem contratar mulheres (33%) e 23% homens. Já 43% dizem que o gênero é indiferente. Em média, a idade de funcionários é de 30 anos.
A remuneração média será de 1,1 salários-mínimos, R$ 1.553,20, e a carga horária média será 7h50 por dia.
65% admitem que não pretendem abrir vagas para pessoas com deficiência e 4% informam que haverá vagas. As contratações já começaram, uma vez que 13% dizem que as vagas foram abertas em agosto e 11% em setembro. Mas 22% pretendem iniciar as contratações em Novembro e 16% em Dezembro.
De acordo com a pesquisa, 23% pretendem contratar vendedores, 16% ajudante, 12% cabeleireiro(a), 11% recepcionista, 10% manicure, 10% caixa, 10% balconista, 10% entregador e 8% depiladora.
“O país passa por um momento positivo em relação à melhoria dos índices de emprego e renda. O comércio, que é o maior empregador do país, deve seguir este caminho, com boas possibilidades para aqueles que buscam uma oportunidade”, afirma Costa.
METODOLOGIA
Público-alvo: Empresários brasileiros com empresas de todos os portes, dos setores de comércio varejista e serviços, de todas as regiões do Brasil, das capitais e interior
Método de coleta: Coleta feita via CATI. Amostra: 562. Margem de erro: 4,1 p.p. Confiança: 95%
Data de coleta dos dados: Estudo realizado entre os dias 09 e 31 de Julho de 2024.