Análise: por que Netanyahu está trazendo seu ex-rival para o governo de Israel?

Netanyahu anunciou no domingo (29) que Sa’ar se juntaria ao governo como ministro sem pasta.

Sa’ar afirmou no domingo que “não faz sentido continuar na oposição, em uma situação onde as posições da maioria de seus membros sobre a guerra são diferentes e até distantes da minha. Este é um momento em que é meu dever tentar contribuir na mesa de decisões.”

A escolha de Sa’ar

Antes da escalada da guerra de Israel com o Hezbollah no Líbano, Netanyahu pretendia demitir o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e promover Sa’ar para o cargo. Sa’ar tem pouca experiência em segurança nacional, e o plano de nomeá-lo ministro da Defesa foi alvo de amplo ridículo por parte de especialistas na área. “Levará meses para ele se preparar para o trabalho”, disse Gadi Eisenkot, um respeitado ex-chefe militar israelense e membro da oposição, na época.

Sa’ar deixou o partido Likud de Netanyahu em 2020 para formar seu próprio partido, Nova Esperança, mas não conseguiu encontrar uma base de apoio estável. Ele se juntou ao governo de emergência após 7 de outubro, mas saiu na primavera deste ano. Desde então, ele estava em conversas com Netanyahu para retornar ao governo.

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