Na última quarta-feira (2), no Rio de Janeiro (RJ), mais de 250 entrevistas foram realizadas para vagas de trabalho, envolvendo 9 empresas e cerca de 60 pessoas refugiadas e migrantes candidatas. O evento foi a V Feira Trampolim de Empregabilidade, promovido pelo Programa de Atendimento A Refugiados e Solicitantes de Refúgio da Cáritas do Rio (PARES Cáritas RJ), com apoio do Ministério Público do Trabalho do RJ (MPT-RJ) e da Agência da ONU Para Refugiados (ACNUR).
A feira foi direcionada para pessoas refugiadas, solicitantes de refúgio e migrantes com visto humanitário. Representantes de nove empresas estiveram presentes, oferecendo vagas nos setores de Hotelaria, Vendas, Alimentos e Bebidas, Logística e Construção Civil, como C&A, Grupo Cataratas, Hotel Fairmont, RD Saúde, Sfera, SindRio, Solística, Tenda e Timbre.
Uma das candidatas, a venezuelana Greymar, já estava no Brasil há apenas dois meses, passando pelo atendimento na Cáritas RJ para obter documentação brasileira e preparar um currículo atrativo. Ela estudava para se formar em Educação Primária na Venezuela e agora busca uma oportunidade de recomeço no Brasil para proporcionar estabilidade e planos para o futuro dela e de seu filho de seis anos.
A Feira Trampolim é realizada anualmente pela Cáritas RJ, com apoio do ACNUR, como parte de um projeto conjunto para integrar social e economicamente pessoas refugiadas e migrantes. Além da Feira, a Plataforma Trampolim é mantida como um espaço virtual onde pessoas refugiadas podem cadastrar seus currículos e buscar oportunidades de emprego.
A coordenadora de Integração Local do PARES Cáritas RJ, Karla Ellwein, destaca a importância da Feira de Empregabilidade como uma etapa crucial para a integração das pessoas refugiadas, oferecendo a chance de recomeçar e alcançar autonomia financeira.
Para a associada de Soluções Duradouras no ACNUR, Camila Sombra, a Feira também é uma oportunidade para as empresas compreenderem que é viável contratar pessoas refugiadas, respeitando as leis brasileiras e promovendo a integração e o empoderamento econômico desses profissionais.
*Com informações da PARES Cáritas RJ