Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
A exchange de criptomoedas Bybit informou que uma de suas carteiras virtuais foi hackeada, resultando na perda de quase R$ 7,5 bilhões (US$ 1,5 bilhão) em criptomoedas, segundo analistas do setor. De acordo com a agência Bloomberg, este é o maior roubo já registrado na indústria.
Um hacker assumiu o controle de uma das carteiras offline de Ethereum da Bybit, conforme comunicado do CEO da plataforma, Ben Zhou, em publicação no X (antigo Twitter). Estima-se que R$ 7,3 bilhões (US$ 1,46 bilhão) em ativos foram retirados da carteira em uma série de transações suspeitas, segundo publicações do analista ZachXBT no Telegram.
“Todos os fundos dos clientes estão seguros e nossas operações continuam como sempre, sem interrupções”, assegurou a empresa em suas redes sociais.
A empresa de pesquisa Arkham Intelligence confirmou cerca de R$ 7 bilhões (US$ 1,4 bilhão) em retiradas da plataforma, publicando no X que “os fundos começaram a se mover para novos endereços onde estão sendo vendidos”, com R$ 1 bilhão (US$ 200 milhões) em um derivativo de Ether vendidos até o momento.
O hackeamento é o maior roubo de criptomoedas já registrado, segundo a empresa de análise blockchain Elliptic, superando os R$ 3 bilhões (US$ 611 milhões) roubados da Poly Network em 2021. Rob Behnke, cofundador e presidente executivo da empresa de segurança blockchain Halborn, disse que provavelmente é o “maior incidente da história, não apenas em cripto”.
Um porta-voz da Bybit confirmou o hackeamento e destacou um comunicado em que a plataforma explicou que o atacante conseguiu falsificar a interface de assinatura de uma transferência entre duas de suas carteiras, alterando o código subjacente da transação que a carteira original da Bybit havia aprovado.
“Como resultado, o atacante conseguiu assumir o controle da carteira fria de ETH afetada e transferir seus fundos para um endereço não identificado”, diz o comunicado. Em uma publicação posterior, Zhou assegurou que a Bybit poderá cobrir completamente a perda.
Na conta do X da Bybit, também foram publicados detalhes do incidente:
- A empresa detectou atividade não autorizada em uma de nossas “carteiras frias” (em geral, pendrives) de ETH. “O incidente ocorreu quando nossa carteira fria multifirma de ETH executou uma transferência para nossa ‘carteira morna’ [online]”.
- “Infelizmente, essa transação foi manipulada por meio de um ataque sofisticado que mascarou a interface de assinatura, mostrando o endereço correto enquanto alterava a lógica subjacente do contrato inteligente”.
- “Como resultado, o atacante conseguiu obter o controle da ‘carteira fria’ de ETH afetada e transferir suas participações para um endereço não identificado”.
- “Nossa equipe de segurança, juntamente com os principais especialistas forenses em blockchain e parceiros, está investigando ativamente o incidente”.
- “Queremos garantir aos nossos usuários e parceiros que todas as outras carteiras frias da Bybit permanecem completamente seguras”.
Fundada em 2018, a Bybit é uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo, processando mais de R$ 180 bilhões (US$ 36 bilhões) em volume de negociações diário. Com sede em Dubai, a plataforma tinha aproximadamente R$ 80 bilhões (US$ 16,2 bilhões) em ativos antes do hackeamento, segundo dados de reservas da CoinMarketCap, o que faz com que o Ether roubado represente aproximadamente 9% de seus ativos totais.
O Ether caiu até 5% após a publicação inicial de ZachXBT no Telegram, mas depois se recuperou e terminou o dia com um leve ganho. Outros criptoativos não foram muito afetados pelo movimento.
O USDe da Ethena Labs, um token popular entre os operadores de criptomoedas que atua como um “dólar sintético”, perdeu brevemente sua paridade um para um e foi negociado em torno de 98 centavos, segundo dados da CoinGecko. O projeto afirmou que, embora realize algumas operações na Bybit, continua totalmente colateralizado.
Com informações da Bloomberg