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MP apura registros telefônicos de Milei no caso das criptomoedas

O promotor argentino Eduardo Taiano, responsável por investigar o escândalo da criptomoeda $LIBRA promovida por Javier Milei, analisará os registros telefônicos do mandatário para determinar se houve contatos “suspeitos” entre ele e os envolvidos no caso: Mauricio Novelli, Manuel Terrones Godoy e Sergio Daniel Morales.

De acordo com informações obtidas pelo jornal local La Nación, o Ministério Público do país já estava apurando dados para estabelecer se houve troca de ligações entre os nomes. O trio atuou como intermediário com o empresário norte-americano Hayden Mark Davies, diretor-geral da Kelsier Ventures, e Julián Peh, diretor da Kip Protocol, empresa por trás da criação da $LIBRA.

Para avançar as investigações, Taiano solicitou a colaboração da Diretoria de Assistência Técnica à Investigação Criminal (Datip), órgão do Ministério Público, como havia feito anteriormente com a Unidade Especializada de Promotoria de Crimes Cibernéticos.

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Wikimedia Commons/Vox España
Ministério Público da Argentina investiga possíveis crimes de abuso de autoridade, fraude, tráfico de influência e suborno no caso das criptomoedas promovidas por Javier Milei

Em meados de fevereiro, Milei usou seu perfil na rede social X para divulgar o projeto de criptomoeda “Viva La Libertad Project”, que prometia “financiar pequenos negócios e startups argentinos”, incentivando uma onda de compras e um aumento de 1.000% em seu valor.

O tuíte do mandatário, que tem 3,8 milhões de seguidores na plataforma, ficou exposto por cerca de cinco horas. Depois que a publicação foi deletada, provocou um colapso da criptomoeda e perdas de mais de US$ 100 milhões para investidores ao redor do mundo, além de milhões em lucros para algumas “carteiras virtuais”. 

A movimentação gerou a suspeita de que a ação favoreceu um esquema de pirâmide organizado por aliados de Milei que detinham a criptomoeda, gerando forte repercussão política.

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De acordo com o MP, estão sendo investigados possíveis crimes de abuso de autoridade, fraude, tráfico de influência e suborno. A Justiça nacional, que revelou ter recebido mais de uma centena de denúncias criminais em virtude do escândalo, solicitou informações ao Banco Central argentino e a empresas como o Google para tentar determinar a origem da criptomoeda e o papel do presidente e de outros cinco empresários envolvidos no caso. Milei, entretanto, defende que não teve “nenhum vínculo” com a $LIBRA.

(*) Com Ansa

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