Uma mensagem de erro piscou nas telas de milhares de usuários na noite de 12 de maio de 2025. O serviço de inteligência artificial Gemini, desenvolvido pela Google, sofreu uma interrupção significativa às 23h33, horário de Brasília, deixando usuários sem acesso às suas funcionalidades. A falha, que exibiu a mensagem “Aguarde um minutinho e tente de novo”, gerou frustração em indivíduos e empresas que dependem da ferramenta para tarefas como geração de texto, análise de dados e suporte em tempo real.
A interrupção pegou muitos de surpresa, especialmente por ocorrer em um horário de pico em várias regiões do mundo. Relatos de dificuldades começaram a surgir em plataformas sociais, com usuários compartilhando capturas de tela do erro. Abaixo, alguns dos principais impactos imediatos da falha:
- Interrupção em fluxos de trabalho: Empresas que utilizam o Gemini para automação de processos relataram atrasos.
- Frustração de usuários individuais: Estudantes e profissionais autônomos não conseguiram concluir tarefas urgentes.
- Queda na confiança: A pausa inesperada levantou questionamentos sobre a estabilidade do serviço.
O incidente, embora temporário, expôs a dependência crescente de ferramentas de inteligência artificial em setores variados. A Google ainda não divulgou uma explicação oficial detalhada, mas a falha reacendeu discussões sobre a robustez de sistemas de IA em larga escala.
Primeiros relatos da falha
Por volta das 23h30, usuários em diferentes continentes começaram a reportar problemas ao acessar o Gemini. A mensagem de erro, que pedia para aguardar e tentar novamente, aparecia tanto na interface web quanto nos aplicativos móveis. Em menos de 30 minutos, o volume de reclamações cresceu exponencialmente, com hashtags relacionadas ao Gemini trending em plataformas sociais.
A interrupção não foi uniforme. Alguns usuários conseguiram acessar funções básicas, como consultas simples, enquanto outros enfrentaram uma paralisação total. Relatos iniciais indicaram que a falha afetou principalmente regiões com alta densidade de usuários, como América do Norte, Europa e partes da Ásia.
Empresas que integram o Gemini em seus sistemas, como plataformas de atendimento ao cliente e ferramentas de análise de dados, reportaram dificuldades em manter operações normais. Um desenvolvedor de software baseado em São Paulo relatou que sua equipe perdeu duas horas de produtividade devido à interrupção.
Histórico de instabilidades no Gemini
O Gemini, lançado como uma das principais apostas da Google no mercado de inteligência artificial, já enfrentou problemas técnicos no passado. Em março de 2025, uma atualização mal-sucedida comprometeu os filtros de segurança do modelo, permitindo respostas inadequadas em alguns casos. A falha de 12 de maio, no entanto, parece ser de maior escala, afetando diretamente a disponibilidade do serviço.
Problemas semelhantes já ocorreram com outras plataformas de IA. Em 2024, por exemplo, o ChatGPT enfrentou uma interrupção de várias horas, o que gerou debates sobre a necessidade de sistemas mais resilientes. No caso do Gemini, a pausa de maio de 2025 reforça a importância de investir em infraestrutura capaz de suportar picos de uso.
Abaixo, alguns incidentes notáveis envolvendo o Gemini:
- Fevereiro de 2024: Pausa na geração de imagens devido a problemas de precisão.
- Março de 2025: Atualização que comprometeu controles de segurança.
- Abril de 2025: Parada temporária no Gemini Advance 2.5 Pro por falhas no aplicativo.
- Maio de 2025: Interrupção global às 23h33, objeto deste relato.
A frequência desses eventos tem levado especialistas a questionar a capacidade da Google de manter a estabilidade do Gemini em um mercado altamente competitivo.
Reações dos usuários
A pausa no Gemini gerou uma onda de reações nas redes sociais. Pequenos empreendedores, que utilizam a ferramenta para criar conteúdo ou gerenciar tarefas, expressaram frustração com a falta de comunicação imediata da Google. Um usuário de Londres postou que perdeu uma entrega importante por não conseguir acessar o Gemini para revisar um relatório.
Estudantes também foram impactados. Em fóruns online, relatos de universitários destacaram dificuldades em usar o Gemini para pesquisas acadêmicas durante a noite de 12 de maio. A interrupção coincidiu com prazos de entrega em algumas instituições, o que ampliou o descontentamento.
Por outro lado, alguns usuários adotaram um tom mais leve, compartilhando memes sobre a mensagem de erro. A frase “Aguarde um minutinho” tornou-se alvo de piadas, com montagens comparando o Gemini a um funcionário sobrecarregado pedindo uma pausa.
Esforços de recuperação
Às 00h15 de 13 de maio, a Google começou a restaurar o acesso ao Gemini em algumas regiões. A empresa publicou um comunicado breve em seu status de serviço, informando que equipes técnicas estavam trabalhando para resolver o problema. No entanto, a falta de detalhes sobre a causa da falha gerou críticas.
A restauração foi gradual. Usuários na América do Norte relataram retomada parcial por volta da 00h30, enquanto na Ásia o serviço permaneceu instável por mais tempo. A Google prometeu atualizações contínuas, mas a ausência de um cronograma claro deixou muitos usuários insatisfeitos.
Empresas que dependem do Gemini para operações críticas, como análise de dados em tempo real, começaram a buscar alternativas temporárias. Ferramentas como o Claude, da Anthropic, e o Copilot, da Microsoft, registraram aumento de tráfego durante a interrupção.
Causas técnicas especuladas
Embora a Google não tenha confirmado a origem da falha, especialistas apontam algumas hipóteses. A sobrecarga de servidores é uma possibilidade, considerando o aumento no uso de ferramentas de IA nos últimos meses. O Gemini, que processa milhões de solicitações diárias, pode ter enfrentado um pico de demanda inesperado.
Outra teoria envolve problemas na integração com a infraestrutura de nuvem da Google. Atualizações recentes no Google Cloud, que suporta o Gemini, podem ter causado instabilidades. Em fóruns técnicos, desenvolvedores sugeriram que a falha poderia estar ligada a limites de quota, como o erro “429 Resource has been exhausted” relatado em casos anteriores.
Possíveis causas especuladas incluem:
- Pico de tráfego: Demanda elevada em horários de pico.
- Falhas na nuvem: Problemas na infraestrutura do Google Cloud.
- Atualizações malsucedidas: Erros em patches aplicados recentemente.
- Limites de quota: Restrições no processamento de solicitações.
Nenhuma dessas hipóteses foi confirmada oficialmente até o momento.
Impactos no mercado de IA
A interrupção do Gemini ocorre em um momento de intensa competição no setor de inteligência artificial. Ferramentas como o ChatGPT, Claude e Grok, da xAI, disputam espaço com o Gemini, que tem investido em melhorias como o modelo 2.5, lançado em março de 2025. A falha de 12 de maio pode abalar a confiança de usuários corporativos, que exigem alta disponibilidade.
Empresas de tecnologia que utilizam o Gemini em seus produtos, como plataformas de automação e assistentes virtuais, enfrentaram dificuldades operacionais. Algumas optaram por redirecionar tarefas para outros modelos de IA, o que pode beneficiar concorrentes no curto prazo.
A pausa também levanta questões sobre a escalabilidade de serviços de IA. Com o aumento da adoção dessas tecnologias, incidentes como esse destacam a necessidade de investimentos em redundância e resiliência.
Medidas preventivas anunciadas
Após a retomada parcial do serviço, a Google informou que está revisando seus sistemas para evitar novas interrupções. Equipes de engenharia foram mobilizadas para identificar a causa raiz da falha, com foco em melhorar a capacidade dos servidores. A empresa também prometeu maior transparência em futuras comunicações.
Algumas medidas anunciadas incluem:
- Aumento de capacidade: Expansão da infraestrutura de servidores.
- Monitoramento proativo: Ferramentas para detectar picos de uso.
- Atualizações graduais: Aplicação de patches em fases para evitar falhas.
- Suporte prioritário: Atendimento rápido para usuários corporativos.
A eficácia dessas ações ainda será testada, mas elas sinalizam um esforço para recuperar a confiança do público.
Repercussões em outros serviços Google
A falha no Gemini não afetou diretamente outros produtos da Google, como o Google Workspace ou o Firebase. No entanto, a interrupção gerou especulações sobre a estabilidade geral da infraestrutura da empresa. Usuários de serviços como o Google Cloud, que suporta o Gemini, relataram lentidão em algumas regiões.
A interconexão entre os serviços da Google amplifica o impacto de incidentes como esse. Empresas que utilizam o Gemini em conjunto com outras ferramentas, como o BigQuery, enfrentaram dificuldades em fluxos de trabalho integrados. A Google garantiu que está investigando possíveis efeitos colaterais.
Cronologia dos eventos
A interrupção do Gemini seguiu um padrão que pode ser dividido em etapas claras. Às 23h33, os primeiros relatos de erro surgiram, com a mensagem “Aguarde um minutinho” dominando as interfaces. Em menos de uma hora, a falha se espalhou globalmente, afetando milhões de usuários.
Por volta da 00h15, a Google reconheceu o problema, iniciando esforços de recuperação. A retomada começou em algumas regiões às 00h30, mas a normalização completa só ocorreu após as 02h00 em algumas áreas. Abaixo, os principais momentos:
- 23h33: Primeiros relatos de erro.
- 23h50: Pico de reclamações nas redes sociais.
- 00h15: Comunicado inicial da Google.
- 00h30: Restauração parcial em algumas regiões.
- 02h00: Serviço estabilizado na maioria das áreas.
A rapidez da resposta foi elogiada por alguns, mas a falta de detalhes sobre a causa manteve o descontentamento.
Alternativas buscadas por usuários
Durante a interrupção, muitos usuários migraram temporariamente para outras plataformas de IA. O Claude, conhecido por sua estabilidade, foi uma escolha popular entre desenvolvedores. O Grok, da xAI, também registrou aumento de uso, especialmente por oferecer uma interface simplificada.
Empresas com contratos de suporte com a Google buscaram assistência direta, mas a demora nas respostas levou algumas a adotar soluções internas. Pequenos negócios, sem acesso a suporte prioritário, foram os mais afetados, recorrendo a ferramentas gratuitas ou manuais.
A migração temporária destaca a flexibilidade dos usuários, mas também expõe a vulnerabilidade de depender de um único serviço.
Planos de compensação
A Google anunciou que está avaliando formas de compensar usuários afetados, especialmente clientes corporativos com contratos premium. Detalhes sobre possíveis reembolsos ou créditos ainda não foram divulgados, mas a empresa prometeu comunicar novidades nos próximos dias.
Usuários individuais, que acessam o Gemini gratuitamente ou por meio de assinaturas básicas, provavelmente não receberão compensações. A decisão gerou críticas, já que muitos dependem do serviço para tarefas diárias. A Google informou que priorizará melhorias no serviço como forma de resposta.
Lições para o setor
Incidentes como a pausa do Gemini servem como lembrete da complexidade de operar plataformas de IA em escala global. A dependência de infraestruturas de nuvem, aliada ao crescimento exponencial no uso dessas ferramentas, exige investimentos contínuos em redundância e monitoramento.
Empresas concorrentes, como a OpenAI e a Anthropic, podem usar o incidente para reforçar suas próprias estratégias de marketing, destacando a estabilidade de seus serviços. Para a Google, a falha é uma oportunidade de revisar processos e fortalecer a confiança dos usuários.
O incidente de 12 de maio de 2025, embora resolvido em poucas horas, deixa um alerta para o mercado: a inteligência artificial, apesar de avançada, ainda enfrenta desafios técnicos significativos.

