Vinícius Marques de Carvalho ressaltou o robô Alice, desenvolvido pela CGU, que viabilizou uma economia de R$ 64 milhões em licitação no Estado
O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, acompanhado pelo secretário federal de Controle Interno da CGU, Ronald Balbe, esteve em Santa Catarina, na sexta-feira (2/8), para uma série de compromissos que reforçam os programas de integridade e combate à corrupção desenvolvidos pela CGU. A visita incluiu reuniões com servidores da CGU no estado, com a superintendente da Polícia Federal, delegada federal Aletea Vega Marona Kunde, e com a Diretoria da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC).
Na FIESC, ministro da CGU apresentou o pacto pela integridade empresarial, A iniciativa estimula empresas que atuam no país a assumir, voluntariamente, compromisso público com a integridade empresarial.
O ministro está em visita a todos os estados para divulgar a iniciativa. ”A integridade empresarial é uma agenda global que vem se ampliando para outras áreas e que demanda da CGU uma integração disciplinar com temas relacionados ao meio ambiente, questões sociais e de governança”, afirmou Marques de Carvalho.
Com ajuda da tecnologia, a CGU tem atuado de forma preventiva em diversas situações. Exemplo disso é a análise feita pelo robô Alice (Analisador de Licitações, Contratos e Editais) nos contratos das rodovias BR-282 e BR-158, em Santa Catarina, que resultou numa economia de R$ 64,8 milhões.
“A Federação é parceira de iniciativas que vão ao encontro de coibir a corrupção. Será uma oportunidade divulgar o programa da CGU aos nossos associados. O empresariado de SC tem a tradição de fazer a coisa certa, da maneira certa e pelo motivo certo”, destacou o diretor institucional e jurídico da FIESC, Carlos José Kurtz.
Patricia Maria Quintanilha de Moura, superintendente da Controladoria Regional da União no Estado de Santa Catarina, e Micheli Poli Silva, vice-presidente regional da FIESC na região Sudeste, também participaram do encontro na sede da FIESC.
Quem pode aderir
A participação das empresas é voluntária e realizada pela submissão do Termo de Adesão assinado em sistema da CGU e pela realização da Autoavaliação das medidas de integridade, no prazo de até 180 dias após a assinatura do termo.
Ao aderir ao Pacto Brasil, a empresa manifesta publicamente o seu compromisso com a integridade empresarial. Com isso, ela demonstra o compromisso com a ética, a preservação ambiental e o respeito aos direitos humanos e trabalhistas. Com a adesão, a empresa também sinaliza a parceiros de negócios e a toda sociedade que compreende a integridade como elemento essencial e demonstra engajamento com um ambiente corporativo mais justo, íntegro e competitivo.
Além de apresentar o Pacto Brasil, o ministro conheceu o laboratório de inteligência da FIESC, que atua na promoção de práticas empresariais éticas. “A partir do momento em que as empresas aderirem ao Pacto, a CGU oferecerá um instrumento de autoavaliação para que cada empresa possa analisar sua agenda de integridade internamente. Essas empresas poderão se comprometer a implementar medidas necessárias para estabelecer e fortalecer a agenda de integridade”, destacou Carvalho.
A viagem também reforçou a implementação da plataforma Alice (Analisador de Licitações, Contratos e Editais) em Santa Catarina. Desenvolvida pela CGU, a Alice analisa diariamente, de forma automatizada, as compras e contratações públicas do Governo Federal. Entre 2019 e 2023, a plataforma identificou um total de R$ 11,7 bilhões em licitações suspeitas, que foram suspensas ou canceladas devido a indícios de irregularidades. A ferramenta está disponível para utilização por estados e municípios. “Recentemente, usamos a Alice em um edital de licitação da BR-282 aqui em Santa Catarina, viabilizando uma economia de 60%, ou seja, R$ 64 milhões para o povo catarinense e brasileiro”, detalhou Carvalho.
O ministro ressaltou a importância dessas visitas aos estados. “Estamos dialogando com as equipes e com os nossos parceiros, como a Polícia Federal, Tribunais de Contas dos Estados e Controladorias dos Estados, porque é uma rede muito importante para o país que se estrutura para fiscalizar, auditar políticas públicas e combater a corrupção”, concluiu.