Entenda como IA ajuda no combate a incêndios na ‘região intocável’ do Pantanal

O algoritmo é treinado para identificar o menor sinal de fumaça na Serra do Amolar; sistema entrou em funcionamento após a tragédia de 2020

A inteligência artificial tem desempenhado um papel crucial na proteção de um dos ecossistemas mais ricos e diversos do mundo: o Pantanal. Este sistema, desenvolvido e aprimorado após os devastadores incêndios de 2020, utiliza câmeras de alta tecnologia instaladas em pontos estratégicos para vigiar vastas áreas e detectar focos de incêndio rapidamente.




Incêndio atingiu mais de 61 mil hectares do bioma nos últimos 4 dias

Incêndio atingiu mais de 61 mil hectares do bioma nos últimos 4 dias

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil / Perfil Brasil

Na Serra do Amolar, um dos poucos paraísos ainda intocados do Pantanal, essas câmeras são instaladas em torres no topo das montanhas. Com o apoio dessas câmeras, é possível monitorar uma área equivalente a quase três cidades de São Paulo, ou cerca de 400 mil hectares. Isso se torna essencial na preservação da fauna e flora locais, que possuem inúmeras espécies endêmicas.

Inteligência artificial no combate a incêndios

As câmeras instaladas possuem um ângulo de visão de 360 graus e transmitem imagens em tempo real para um sistema sofisticado que utiliza inteligência artificial. Ao identificar o menor sinal de fumaça, o algoritmo é capaz de alertar imediatamente as equipes de brigadistas, que são acionadas para combater os focos de incêndio antes que se tornem incontroláveis.

O analista de tecnologia Igor Pinho Souza destaca ao Globo Repórter a principal vantagem deste sistema: “Uma das vantagens do sistema é justamente a velocidade que ele detecta. Comparado a sistemas anteriores, que usavam satélites e levavam três horas para detectar, o fogo já se espalhou, está incontrolável e não tem muito o que fazer”.

Os incêndios na Serra do Amolar são devastadores não apenas para a flora e a fauna, mas também para as comunidades locais que dependem do ecossistema para sua subsistência. Em 2020, enormes áreas foram destruídas, e muitas espécies de animais e plantas sofreram com a perda de habitat.



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