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Pastor é acusado de usar “criptomoeda divina” para desviar R$ 19 milhões de fiéis nos EUA

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Um pastor de Denver que alegou ter recebido uma orientação divina para vender criptomoedas aos seus seguidores foi indiciado nesta semana por dezenas de acusações de roubo e fraude. Junto com sua esposa, ele comercializou uma moeda digital que, segundo o Ministério Público, não tinha qualquer valor real.

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Eligio Regalado e sua esposa, Kaitlyn Regalado, foram denunciados na terça-feira (22) por um grande júri no Tribunal Distrital de Denver. O casal enfrenta 40 acusações de roubo, fraude de valores mobiliários e extorsão, após arrecadar cerca de US$ 3,4 milhões, cerca de R$ 19 milhões, com a venda de uma criptomoeda chamada INDXcoin — descrita por eles como “inspirada por Deus”, informou a promotoria local.

De acordo com os promotores, o valor captado junto a aproximadamente 300 investidores cristãos foi usado, na prática, para bancar o estilo de vida do casal, e não para desenvolver o negócio. A promessa feita aos investidores era de que o dinheiro seria destinado a manter as operações da INDXcoin e da plataforma Kingdom Wealth Exchange, onde a moeda era comercializada.

No entanto, pelo menos US$ 1,3 milhão teriam sido usados em benefício pessoal, incluindo reformas na casa, passagens aéreas, hospedagens em motéis e até serviços de babá. Os promotores afirmam que o casal, sem qualquer experiência no mercado de criptoativos, transferiu os recursos dos investidores diretamente para suas contas bancárias e também por meio do aplicativo Venmo.

Uma auditoria encomendada pelos próprios Regalado concluiu que a INDXcoin “não era segura”. Mesmo assim, eles teriam prometido “retornos exorbitantes” aos investidores, promovendo uma moeda sem lastro ou valor de mercado, segundo o Ministério Público de Denver.

Eligio Regalado é pastor da igreja virtual Victorious Grace. Em um vídeo publicado em 2024, quando enfrentava uma ação civil movida pelo procurador-geral do Colorado, ele declarou que entrou no mercado de criptomoedas após receber uma ordem de Deus. Segundo ele, foi o próprio Senhor quem apareceu em um sonho pedindo que criasse o negócio — e que também teria autorizado o uso dos fundos para uma “reforma na casa que o Senhor nos disse para fazer”.

Em outro vídeo, publicado no Facebook em março deste ano, Regalado afirmou se sentir como uma fraude, mas atribuiu esse sentimento a um “mal-entendido” sobre como receber a graça divina. “Minha vida parece um incêndio em um lixão”, desabafou. “Tudo o que podia dar errado, deu.”

A acusação aponta que os alvos principais do casal eram cristãos — tanto da própria igreja quanto de fora dela. Em 2022, Regalado afirmou, em vídeo, que Deus o orientou a lançar a criptomoeda como parte de uma “transferência de riqueza” para seu povo. No site da empresa, os Regalado descreviam sua plataforma como a união de “princípios bíblicos de criação de riqueza com a tecnologia de ponta blockchain”.

Em janeiro de 2024, um juiz do Tribunal Distrital de Denver proibiu o casal de comercializar valores mobiliários e determinou o congelamento de seus bens até o julgamento. O Ministério Público informou que busca indenizações para tentar reembolsar os investidores.

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