O ChatGPT-5, lançado recentemente pela OpenAI, apresenta um consumo energético alarmante, equivalente ao uso diário de 1,5 milhão de residências nos Estados Unidos. A estimativa, feita pela Universidade de Rhode Island, considera que o modelo recebe cerca de 2,5 bilhões de requisições diariamente, abrangendo desde perguntas simples até solicitações complexas.
Para contextualizar, enquanto o consumo médio diário de energia nos EUA é de 30 kWh, no Brasil esse número gira em torno de 6 kWh. Assim, o consumo do ChatGPT-5 corresponde ao de aproximadamente 7,5 milhões de lares brasileiros. O novo modelo não só promete melhorias na precisão das respostas, mas também introduz recursos multimídia, aumentando a demanda por energia em comparação com versões anteriores.
Aumento no Consumo Energético
O consumo por consulta no ChatGPT-5 pode chegar a 40 watt-horas (Wh), um aumento de até 20 vezes em relação ao GPT-3, que consumia cerca de 2 Wh por consulta. Essa elevação é atribuída à complexidade do modelo, que agora realiza tarefas de raciocínio multimodal, envolvendo texto, imagens e vídeos. O treinamento do modelo também exige uma quantidade significativa de energia, estimada entre 20 e 25 megawatts ao longo de três meses, totalizando cerca de 1.800 megawatt-horas (MWh).
Além do uso diário, o treinamento e a fabricação dos chips necessários para a operação do modelo também contribuem para a pegada energética. Especialistas alertam que, embora a OpenAI não divulgue dados sobre o consumo desde 2020, a crescente demanda por energia é um fator preocupante.
Consumo de Recursos
Sam Altman, CEO da OpenAI, revelou que cada consulta ao ChatGPT consome aproximadamente 0,34 Wh de eletricidade e 0,000085 galão de água, principalmente para resfriamento dos data centers. Embora esses números possam parecer baixos individualmente, a soma das 2,5 bilhões de consultas diárias resulta em um impacto ambiental significativo.
A análise do consumo energético do ChatGPT-5 levanta questões sobre a sustentabilidade da tecnologia de inteligência artificial, especialmente em um momento em que a eficiência energética é crucial. A OpenAI ainda não se manifestou sobre como a nova arquitetura do modelo pode mitigar a necessidade de recursos, deixando em aberto a discussão sobre o futuro da IA e seu impacto no meio ambiente.