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Reino Unido sanciona banco e plataformas de criptomoedas para sufocar financiamento de guerra da Rússia – Gazeta Brasil

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O Reino Unido intensificou nesta quarta-feira (20) sua estratégia financeira contra a Rússia, anunciando um pacote de sanções que atinge um banco do Quirguistão e plataformas de criptomoedas vinculadas ao Kremlin. Segundo Londres, o objetivo é cortar canais opacos usados por Moscou para contornar restrições impostas após a invasão da Ucrânia.

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A medida afeta o Banco Capital, com sede em Bishkek, e seu diretor, Kantemir Chalbayev, apontados por facilitar pagamentos relacionados ao abastecimento militar russo. Também foram incluídas as plataformas de câmbio Grinex e Meer, além do token digital A7A5, lastreado em rublos, que movimentou mais de US$ 9,3 bilhões em quatro meses. O governo britânico afirma que o token foi criado especificamente para contornar sanções ocidentais.

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O secretário de Estado britânico de Sanções, Stephen Doughty, disse que a decisão visa expor as tentativas de Moscou de financiar a guerra por canais alternativos. “Se o Kremlin acha que pode esconder seus esforços desesperados de minimizar o impacto de nossas sanções, lavando transações por redes criptográficas duvidosas, está muito enganado”, afirmou. Ele acrescentou que as medidas demonstram a determinação de acabar com mecanismos ilícitos “onde quer que estejam”.

O anúncio veio após os Estados Unidos adotarem medidas semelhantes na semana passada contra entidades financeiras da Ásia Central que operam com Moscou. Para Londres, o desafio não é apenas punir atores russos, mas também intermediários estrangeiros que facilitam o fluxo de dinheiro para o Kremlin.

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O token A7A5 chamou atenção especial. Relatórios da Chainalysis e Elliptic, duas importantes empresas de análise de blockchain, mostram que desde seu lançamento o token movimentou mais de US$ 51 bilhões em transações, com operações diárias acima de US$ 1 bilhão. Sua capitalização de mercado triplicou em poucas semanas, atingindo US$ 521 milhões no final de julho, um crescimento atribuído ao uso massivo por entidades russas.

Investigação do Financial Times revelou que por trás dessa estrutura financeira está o banco russo Promsvyazbank, ligado ao setor de defesa e sancionado desde 2014, além do oligarca moldavo Ilan Șor, fugitivo após um fraude bancária de US$ 1 bilhão. O caso reforça a percepção de que Moscou usa redes híbridas que combinam crime financeiro e tecnologia para sustentar suas operações.

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A dependência da Rússia desse tipo de mecanismo não é nova. Desde 2022, plataformas como Garantex — sancionada pelos EUA — funcionaram como pontos de troca em Moscou, antes de serem substituídas por novas versões como a Grinex. Na prática, o esforço internacional esbarra em um ecossistema capaz de se regenerar rapidamente.

A estratégia russa vai além do token A7A5. Segundo a Reuters, empresas petrolíferas russas já utilizam Bitcoin, Ether e Tether para negociar com China e Índia, evitando bancos sob supervisão internacional. A prática se expandiu paralelamente à decisão do Kremlin de legalizar a mineração de criptomoedas em 2025, tornando a Rússia o segundo maior minerador global, atrás apenas dos EUA.

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Instrumentos internos como o sistema de pagamentos Mir, criado em 2014 após a anexação da Crimeia, e o rublo digital, aprovado em 2023 e ainda em testes, complementam a estratégia. O Banco Central busca criar um sistema de pagamentos sob controle estatal, formando uma economia paralela que, se prosperar, pode enfraquecer a eficácia das sanções internacionais, segundo analistas da RAND Corporation.

A escolha do Quirguistão como epicentro dessas operações não é aleatória. Desde 2022, o país se tornou plataforma para a evasão de sanções russas, graças a leis permissivas e à proliferação de exchanges pouco regulamentadas. Investigadores detectaram ali a criação de stablecoins como A7A5 e USDKG, criadas para facilitar a compra de tecnologia sensível e bens de uso dual destinados a Moscou.

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A reação russa foi imediata. Horas após o anúncio de Londres, o Ministério das Relações Exteriores de Moscou incluiu 21 cidadãos britânicos em sua lista negra, entre jornalistas, consultores e membros de ONGs, acusados de propagar “acusação infundadas” contra a Rússia. A medida visa responder ao “rumo de confrontação” de Londres, reforçando a narrativa oficial de que o Ocidente usa sanções como ferramenta de guerra política.

Embora essas restrições tenham efeito limitado — impedindo entrada na Rússia e congelando eventuais ativos —, cada sanção representa uma tentativa de frear o financiamento da guerra russa por meio de moedas digitais e jurisdições periféricas.

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Enquanto isso, o sistema financeiro internacional enfrenta o desafio de controlar instrumentos que se movimentam mais rápido que os mecanismos tradicionais de supervisão, transformando cada sanção em uma corrida contra a inovação clandestina do Kremlin.

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