Com uma proposta audaciosa, os países do Brics, grupo formado por países emergentes que inclui o Brasil, estão prontos para introduzir o “Brics Pay“. Esse sistema de pagamento revolucionário promete desafiar a supremacia do dólar nas transações comerciais entre seus membros.
A iniciativa, que deve ser implementada até o final de 2025, traz à tona a possibilidade de uma nova era no comércio internacional.
O “Pix Global“, como também é conhecido, surge com a promessa de facilitar transferências internacionais, tornando-as mais rápidas, seguras e transparentes. Inspirado no sistema Pix, lançado pelo Banco Central do Brasil, sua principal característica é operar sem custos elevados e com agilidade nas operações financeiras.
Como funciona o Brics Pay?
O sistema foi desenvolvido pelos países do bloco, sendo baseado em um mecanismo descentralizado criado pela Universidade Estatal de São Petersburgo. Com protocolos de criptografia avançados, promete transações rápidas e seguras.
Diferente do SWIFT, ele opera sem um controlador central, utilizando tecnologias como blockchain e carteiras digitais.
Componentes do sistema
- O sistema de pagamento SBP da Rússia, integrado a mais de 200 instituições.
- O IBPS da China, que realiza transações em yuan.
- A interface UPI da Índia, em operação desde 2010.
Esses sistemas combinados permitirão transações entre os países do Brics sem a necessidade de intermediários como dólar ou euro, reduzindo custos e mitigando a exposição a sanções financeiras.
Desafios e expectativas para 2030
Atualmente, Rússia e China lideram os testes com o “Pix Global”. O Brasil também demonstra interesse, especialmente para operações de exportação. Contudo, obstáculos ainda precisam ser superados para uma adoção ampla.
A expectativa é que, até 2030, o sistema movimente centenas de bilhões de dólares anualmente, tornando-se um canal vital para as economias emergentes.
Se por um lado o Brics Pay é visto como um avanço estratégico, por outro, enfrenta resistência de nações fora do bloco, como os Estados Unidos. O presidente Donald Trump já expressou preocupação e ameaçou aumentar as tarifas sobre importações.
Apesar das tensões geopolíticas, o Brics segue confiante de que esta inovação redefinirá o cenário econômico global.

