Costumo dizer que, se os dados fossem água, a qualidade seria o que torna essa água potável. Já a governança seria o sistema de encanamento, responsável por direcionar o fluxo, definir por onde ela passa, quem pode acessá-la e para quê. Sem qualidade e governança, a água pode até existir em abundância, mas corre-se o risco de ela nunca chegar limpa ou no lugar certo. Com os dados, é a mesma coisa: sem cuidado e estrutura, perdem o valor, e qualquer modelo que dependa deles fica vulnerável, por melhor que seja.
Em empresas que atuam com grandes volumes de dados, como as de meios de pagamento, varejo e serviços digitais, o desafio é ainda mais intenso. O que era complexo já nos dados transacionais se torna ainda mais sofisticado com a integração de fontes alternativas, como geolocalização, open banking, dispositivos móveis e dados de sensores (IoT). Quando bem combinadas, essas informações multiplicam as possibilidades de análise e previsão, permitindo segmentar perfis de risco, personalizar ofertas, antecipar fraudes e aprimorar jornadas do cliente.

