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traumas e inteligência artificial em história de Ferraz

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Produção independente traz duas histórias de talentosos artistas de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo

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Resumo
Histórias em quadrinhos abordam traumas familiares e a perigosa influência da inteligência artificial, com histórias profundas e crítica social. Artistas estarão na Perifacon em outubro.



Cassiano Nascimento e Isaque Sagara, que segura HQ aberta, mostrando as duas capas do mesmo volume.

Cassiano Nascimento e Isaque Sagara, que segura HQ aberta, mostrando as duas capas do mesmo volume.

Foto: Divulgação

Como os lados inseparáveis da vida e da morte, a HQ independente de uma dupla de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, tem duas capas, duas histórias e dois autores, unificados pelo tema e pelo formato físico do livro – uma história começa em cada capa. E valem ser lidas.

Moribundo, de Cassiano Nascimento, conta os últimos momentos da vida de Tonhão, que toma remédios para doença terminal e é atormentado pelo pai – os comentários do progenitor vão na linha do realismo insensível, dando o tom de ironia irresistível, e ao riso.

Um dos pontos altos de Moribundo é a habilidade ao revelar que a figura do pai, que parece real durante toda a história, é um fantasma que atormentava o protagonista. Ele descobre isso ao morrer, e não estou dando spoiler porque, como eu disse, a habilidade de conduzir a essa e outra revelação, ainda mais bombástica, é motivo suficiente para ler a história.




A morte é só mais um dos fantasmas que atormentam o protagonista Tonhão, da história em quadrinhos Moribundo.

A morte é só mais um dos fantasmas que atormentam o protagonista Tonhão, da história em quadrinhos Moribundo.

Foto: Divulgação

Enquanto Moribundo aborda, com humor ácido, os fantasmas criados por traumas familiares, Morte.com, de Isaque Sagara, tem uma pegada mais soturna com Richard, o protagonista deprimido, meio suicida, que usa um aplicativo de inteligência artificial para prever o dia da morte.

E de novo vou dar uma informação que parece spoiler, mas que nem de longe esgota o potencial da história em quadrinhos: o final não é só surpreendente, mas faz aquele tipo de crítica que é profunda e acessível; direta, sem ser superficial; uma porrada que não dói fisicamente, mas inquieta.

O que Sagara está criticando, com muita competência, vai além da escravidão às redes sociais: ele toca no problema mais sério do uso de dados dos usuários de plataformas internéticas e outros ambientes virtuais, a verdadeira intenção do negócio.



Um aplicativo de celular é o motor do enredo de Morte.com, que critica o uso inconsequente de internet.

Um aplicativo de celular é o motor do enredo de Morte.com, que critica o uso inconsequente de internet.

Foto: Reprodução

E nada mais digo, a não ser que, em outubro, os manos estarão na Perifacon, com esse e outros trabalhos, encontráveis para venda na internet. Cassiano e Sagara estão fazem o corre dos quadrinhos há tempos. Quem colar na banca e fortalecer o rolê tem grandes chances de não se arrepender.



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