Alguém ainda se surpreende com o fato de que a inteligência artificial esteja mudando a maneira como abordamos não apenas a tecnologia, mas a vida em geral? O fato de o Japão sempre ter estado na vanguarda de certas tendências, elevando-as além do que considerávamos remotamente viável, também não nos surpreende. Se somarmos a isso o fator Geração Z e um cenário tão conhecido quanto o aprendizado de idiomas, pouco mais há a dizer.
Geração Z do Japão não quer mais professores de idiomas
O exemplo do Japão é agravado por vários fatores importantes. Por um lado, ano após ano, os jovens recorrem cada vez mais à IA para qualquer desafio que enfrentem. Dos 6% da Geração Z que admitiram adotá-la até 2023, o número já ultrapassou 10% e não há intenção de cair abaixo desse patamar. De fato, as aulas personalizadas com ferramentas como o ChatGPT já superam as tradicionais: 27,8%, em comparação com 13,8% das aulas presenciais.
Por outro lado, igualmente importante para entender a mudança em direção ao digital é a famosa e conhecida aversão da sociedade japonesa a cometer erros. A tendência que eles têm ao constrangimento excessivo e agendas que dificultam encontrar tempo para se dedicar a algo acabam atrasando certos aspectos de suas vivências — inclusive o aprendizado de outros idiomas.
Sob esse prisma, é mais fácil entender por que 58,3% optam por aprender inglês por meio de aplicativos móveis como o Duolingo, enquanto apenas 15,6% optam por aulas online convencionais. Qualquer coisa que evite o aprendizado presencial e/ou o contato mais próximo com pessoas acaba sendo vista como uma opção muito mais atraente para os japoneses.
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