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Apagão da AWS expõe dependência de empresas em infraestrutura de nuvem

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A interrupção global dos serviços da AWS (Amazon Web Services) nesta segunda-feira (20) afetou milhares de aplicações corporativas e de consumo em diferentes países. Segundo a empresa, o incidente teve origem na Virgínia, EUA, um dos maiores hubs de tráfego da companhia e provocou “altas taxas de erro e latência” em múltiplos serviços.

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Entre os sistemas afetados estavam plataformas de streaming, varejo, comunicação e jogos online, como Snapchat, Fortnite, Alexa e Prime Video, segundo informações da Reuters. O rastreador Downdetector registrou mais de 500 aplicações inativas ao longo da manhã. A AWS informou que não há indícios de ataque cibernético e que as causas estão ligadas a falhas internas de rede.

A região da Virgínia concentra parte essencial da infraestrutura de backbone da AWS, atendendo empresas de todas as regiões do mundo. Por isso, ainda que o problema tenha se originado em um único ponto, o impacto foi global. Em nota, a  empresa reconheceu que a falha afetou diversos clientes e afirmou ter iniciado a mitigação por volta das 8h, em horário de Brasília.

Para Rafael Venancio, vice-presidente de Cloud da Fortinet para América Latina e Canadá, a magnitude do episódio está relacionada à concentração operacional em poucos provedores e zonas. “Ainda é muito cedo para termos uma dimensão real do impacto que esse apagão pode ter em todo o mundo. Mas, com certeza, é um dos mais relevantes pela quantidade de aplicativos que ficaram inativos e pela duração”, afirmou.

Segundo ele, embora 68% das empresas já operem em ambientes multicloud, conforme dados da Cybersecurity Insiders, muitas aplicações não são replicadas em outras nuvens nem em múltiplas zonas da própria AWS, o que aumenta o risco de indisponibilidade.

Para executivos de segurança da informação, o episódio reforça a necessidade de políticas de redundância operacional e arquitetura resiliente. Venancio destaca que o modelo ideal envolve replicação de aplicações em diferentes localidades e monitoramento contínuo de desempenho e segurança. “As empresas deveriam replicar os aplicativos em diferentes locais para terem redundância em caso de interrupção. Mas ainda vemos que muitas não possuem essa estrutura de forma eficiente”, explica. 

“Não existe um único produto que garanta proteção fim a fim. Na nuvem, é preciso combinar diferentes soluções que troquem informações e permitam detectar anomalias em tempo real”, acrescenta o executivo.

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