Futuro do Transporte Rodoviário passa pela Inteligência Artificial, avalia Ricardo Amorim em palestra promovida pela Abrati


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Na Lat.Bus, maior feira sobre mobilidade da América Latina, o economista trouxe sua visão sobre o uso da inteligência artificial no setor e fez uma análise sobre taxa de juros e cartas de crédito

VINÍCIUS DE OLIVEIRA

A convite da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), o economista Ricardo Amorim participou da Lat.Bus nesta quinta-feira, 8 de agosto. O economista proferiu uma palestra sobre os impactos econômicos e as oportunidades no setor de transporte rodoviário de passageiros. Os temas centrais abordados foram o uso da inteligência artificial em novas oportunidades no setor e o panorama político-econômico do transporte rodoviário de passageiros sob a ótica do novo Marco Regulatório TRIP.

Ricardo Amorim iniciou a palestra contando sobre a revolução tecnológica nos transportes. “Não temos opção a não ser abraçar essas tecnologias atualmente. Quando a gente olha de onde vem as mudanças mais revolucionarias, a gente vê a mobilidade urbana, mas não consolidada, porque ainda é muito caro e distante. As coisas podem demorar para chegar, mas chegam. Se você ainda não usa IA para nada, entre em uma delas ao chegar em casa. O uso em massa faz com que as tecnologias se tornem mais palpáveis e se tornem tendência”, explicou.

Em seguida, Amorim explanou sobre a economia atual, analisando o cenário de juros e financiamentos. “Caindo a taxa de juros, há uma expansão na carta de crédito para o setor automotivo, mesmo sabendo que dependemos das políticas públicas, vendendo muito mais. Esse efeito não fortalece só o setor automotivo, mas toda a economia. É um setor que emprega muita gente direta e indiretamente, seja com autopeças ou no setor de turismo, aumentando a renda. Isso gera um ciclo virtuoso: mais empregos, mais consumo, mais pessoas viajando e um impacto positivo na economia como um todo”, analisou. Segundo ele, os juros e o fortalecimento da moeda local fazem com que o setor de transporte tenha que aumentar suas frotas e trazem boas perspectivas para os próximos anos.

Segundo a conselheira da Abrati, Letícia Pineschi, já possível notar os reflexos dessas perspectivas. “Havíamos estimados que os investimentos para este ano seriam por volta dos R$ 3,6 bilhões, contando investimentos em renovação de frota, tecnologia, treinamentos e otimização de processos, porém, a estimativa já foi superada no primeiro semestre”, explicou a executiva.

O evento, que fez parte da programação da Feira Latinoamericana do Transporte (Lat.Bus), a maior feira de mobilidade urbana da América Latina, reunindo todos os segmentos do transporte coletivo urbano, rodoviário e de fretamento do Brasil e de outros países da região, contou com a presença de centenas de pessoas no auditório montado no São Paulo Expo.

Vinícius de Oliveira, para o Diário do Transporte

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