Vem de analistas e pesquisadores, mas também de entusiastas e investidores da inteligência artificial, o alerta de que esse setor gigantesco pode estar vendo a formação de uma bolha. Entre os que expressaram esse temor estão o Banco Central da Inglaterra, a chefe do FMI, Kristalina Georgieva, e até o CEO da OpenAI, Sam Altman.
O temor passa por fatores como a dinâmica do mercado, os desafios na expansão exponencial dele e o tamanho dos investimentos na área. Ao mesmo tempo que foram responsáveis por 80% dos ganhos da Bolsa dos EUA neste ano e por elevar o valor de mercado de empresas como a Nvidia aos trilhões de dólares, eles geram debates sobre se o retorno até aqui foi o esperado —e se as promessas de longo prazo vão se cumprir.
Há também quem defenda que não há bolha: um relatório do banco Goldman Sachs apontou que a alta das ações de tecnologia tem fundamentos sólidos. E executivos como Jeff Bezos, da Amazon, defendem que, mesmo que algo dê errado pelo caminho, os avanços alcançados deixarão um legado positivo.
O Café da Manhã desta sexta-feira (24) discute se há uma bolha no setor de inteligência artificial. Quem explica o que esse risco pode representar e os caminhos para que uma explosão não aconteça é o engenheiro Paulo Carvão, que foi executivo de empresas de tecnologia e hoje é pesquisador do Centro Mossavar-Rahmani, da Harvard Kennedy School (EUA).
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon. A produção é de Laura Lewer e Lucas Monteiro. A edição de som é de Thomé Granemann.

