Principais destaques:
- Ironwood é a 7ª geração de chip de IA (TPU) do Google, com desempenho até 10 vezes maior que o anterior.
- A Anthropic e outras empresas já confirmaram uso em larga escala da tecnologia.
- O lançamento marca o esforço do Google para competir diretamente no mercado de infraestrutura de IA.
Google apresenta o Ironwood, sua nova GPU de IA
O Google anunciou oficialmente o Ironwood, sua nova Unidade de Processamento Tensor (TPU) de sétima geração, que promete mudar a dinâmica da infraestrutura de inteligência artificial.
O chip chega com números impressionantes: desempenho até 10 vezes superior ao TPU v5p e mais de quatro vezes mais potência por unidade comparado ao Trillium (TPU v6e).
Cada Ironwood oferece 4.614 teraflops FP8 e conta com 192 GB de memória HBM3E, atingindo 7,37 TB/s de largura de banda. Em grandes clusters, o sistema pode escalar até 9.216 chips em um único pod, alcançando 42,5 exaflops FP8 de poder computacional.
Esses dados colocam o Google frente a frente com a arquitetura Blackwell da Nvidia, que até então dominava o setor.
Nas próximas semanas, o Ironwood estará disponível para clientes do Google Cloud, fortalecendo o ecossistema da empresa e reduzindo sua dependência das GPUs de terceiros.
Parcerias estratégicas impulsionam o novo chip
O lançamento ocorre em um momento em que clientes de peso estão reforçando laços com o Google Cloud. A Anthropic, criadora dos modelos Claude, prepara-se para usar até um milhão de TPUs em parceria com a companhia, num acordo que pode movimentar dezenas de bilhões de dólares.
Essa infraestrutura será essencial para atender à demanda crescente por treinos de modelos de linguagem e multimodais.
Outras empresas, como a Lightricks, já estão adotando o Ironwood no desenvolvimento de soluções criativas baseadas em IA, como o modelo LTX-2, que combina texto e imagem. E o próprio Google usa as TPUs para sustentar seus modelos de ponta, incluindo Gemini, Veo e Imagen.
A nova fase da corrida por poder computacional
Com o Ironwood, o Google deixa claro que pretende ser protagonista na corrida pela infraestrutura de IA. A empresa deve investir até 93 bilhões de dólares em 2025, priorizando a expansão de seus data centers e hardware proprietário.
Os resultados já aparecem: o Google Cloud cresceu 34% em receita no terceiro trimestre de 2025, chegando a 15,15 bilhões de dólares, e o backlog total atingiu 155 bilhões, alta de 46% em relação ao trimestre anterior.
Além do Ironwood, o Google apresentou novos processadores Axion, baseados na arquitetura Arm, incluindo as máquinas virtuais N4A e C4A, que entregam até o dobro de desempenho por custo em comparação com instâncias x86.
A combinação de TPUs e CPUs próprias reforça o plano da empresa de construir um “hipercomputador de IA”, totalmente otimizado para suas aplicações e dos clientes do Google Cloud.
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