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Homem que perseguiu 11 mulheres em cinco estados diferentes usava ChatGPT como ‘terapeuta’

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Um influenciador de 31 anos foi acusado de perseguir de forma violenta 11 mulheres em cinco estados nos Estados Unidos. A denúncia foi apresentada na terça-feira (3/12) em tribunal federal de Pittsburgh. Segundo promotores, o homem que se autodenominava “assassino de Deus” utilizava o ChatGPT como “terapeuta” e “melhor amigo” durante suas ações de stalking (perseguição obsessiva).

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De acordo com informações do New York Post, o acusado enfrenta múltiplas acusações de perseguição interestadual e ameaças, podendo ser condenado a décadas de prisão. Conforme a denúncia, Brett Michael Dadig consultava regularmente a inteligência artificial, que supostamente o incentivava a continuar com seu podcast. A IA também dizia ao homem para não se importar com os “haters”, já que eles estavam “aprimorando-o” e ajudando na “construção de uma voz em você que não pode ser ignorada”.

Ainda, conforme o jornal norte-americano, o documento apresentado pelos promotores revela um padrão de assédio metódico e explícito. O influenciador interpretava as respostas do ChatGPT como confirmação do “plano de Deus” para que ele construísse uma plataforma e se destacasse “quando as pessoas se diluem”.

Entre as vítimas está uma enfermeira da Flórida que o atendeu após um acidente de bicicleta. Em um caso específico no estado, Brett seguiu uma mulher por mais de 3km, da academia até o apartamento dela. Posteriormente, hospedou-se em um hotel a menos de 1,6km do local de trabalho da vítima.

Várias mulheres obtiveram ordens de restrição contra ele, que foram repetidamente violadas, conforme apontam os promotores. O influenciador frequentava academias onde assediava mulheres e, quando era banido, usava pseudônimos para conseguir acesso novamente.

Em seu podcast, o acusado frequentemente se referia às mulheres como “vadias” e “lixo”. Durante um episódio, ele teria desabafado: “É o mesmo de 18 a 40 a 90 anos. Toda vadia é igual. Vocês são todas umas b*cetas. Cada uma de vocês, são b*cetas. Vocês não têm respeito próprio. Não valorizam o tempo de ninguém. Não fazem nada. Estou de saco cheio dessas vadias. Acabou.”

Em um dos incidentes destacados pela acusação, Brett tirou uma fotografia com uma mulher, obteve os números de celular dos pais dela através do telefone da vítima e enviou-lhes a imagem, afirmando estar animado por ser seu futuro genro. Quando a mulher encerrou a comunicação devido ao comportamento agressivo dele, Brett enviou uma fotografia de nudez não solicitada.

O indiciamento também aponta que o homem viajou para Des Moines, no Iowa, onde abordou uma mulher em um estacionamento e a submeteu a toques sexuais indesejados. Em outra ocasião, ele viajou de Pittsburgh para Ohio, aparecendo sem convite na residência de outra mulher e enviando para ela mensagens dizendo estar “obcecado” pela filha dela e que estava “literalmente me excitando pensando em fazer bebês com você”.

Em outro episódio, ele teria ameaçado uma mulher dizendo que quebraria sua mandíbula e “cada maldito dedo em ambas as mãos”, ordenando-lhe que “digite a mensagem de ódio com seus dedos dos pés, vadia”.

Ainda, conforme o New York Post, quando o influenciador questionou o ChatGPT sobre sua “futura esposa”, a IA respondeu que ele poderia conhecê-la “em uma academia boutique ou em uma comunidade atlética”, resposta que ele usou como justificativa para continuar frequentando academias onde assediava mulheres. Em suas redes sociais, ele se gabava: “os pseudônimos continuam rodando, os movimentos continuam evoluindo”. 

 

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