As recentes mobilizações de trabalhadores de diferentes setores do serviço público têm sido marcadas pela rejeição das propostas de reajuste salarial apresentadas pelo governo federal, refletindo insatisfação generalizada e a continuidade de greves.
- Fiocruz: Em Assembleia Extraordinária realizada em 9 de agosto, os trabalhadores da Fiocruz, liderados pela Asfoc, deliberaram pela continuidade da greve progressiva, com nova paralisação prevista para 13, 14 e 15 de agosto. A categoria rejeitou a proposta do Ministério da Gestão e Inovação (MGI) e manteve sua contraproposta de reajuste de 20% em 2024, 2025 e 2026. As atividades incluem panfletagens e manifestações, com foco na valorização dos servidores e reposição das perdas salariais.
- INSS: Na quinta reunião da Mesa Específica do INSS, realizada também em 9 de agosto, a nova proposta do governo foi considerada insuficiente pela FENASPS, que destacou a falta de avanços significativos na reestruturação e valorização da carreira. A Federação orientou a ampliação da mobilização e da greve, com uma caravana prevista para Brasília entre 12 e 16 de agosto.
- Carreiras de Ciência e Tecnologia (C&T): As carreiras de C&T, representadas pelo SindCT e demais entidades sindicais, rejeitaram totalmente a proposta de reajuste do MGI. A rejeição se baseia em vários fatores, incluindo a desvalorização salarial em comparação com outras carreiras e a ausência de reajuste para os níveis iniciais da carreira. A carta enviada ao MGI expressa o descontentamento com a proposta que, segundo as entidades, compromete o discurso governamental de valorização da ciência e tecnologia.
Esses movimentos evidenciam a crescente insatisfação dos servidores públicos com as propostas salariais do governo, resultando em uma intensificação das greves e mobilizações em todo o país.
Fontes : ASFOC , FENASPS e Forum C&T 10/8/2024
