Cometa 3I/Atlas: Aproximação da Terra e possíveis impactos

O cometa 3I/Atlas, objeto interestelar descoberto em julho, está passando pelo Perigeu, o ponto de maior aproximação com a Terra. O evento ocorre durante toda essa sexta-feira (19). No Brasil, o melhor horário para possíveis observações será entre às 3h e momentos antes do nascer do Sol.

Apesar de alcançar o Perigeu, o 3I/Atlas não será visível a olho nu em nenhum ponto do planeta. O cometa, mesmo que tenha se aproximado da Terra, vai ficar muito longe: cerca de 270 milhões de quilômetros. Além disso, possui uma intensidade de brilho muito baixa para que seja perceptível ao olho humano.

Para observar o astro aqui da Terra será necessário o uso de equipamentos potentes, como telescópios com 150mm de abertura, ou superiores. O uso de binóculos de longo alcance também podem ajudar a enxergar o cometa, desde que seja um local extremamente escuro, longe das luzes e da poluição atmosférica das cidades, e que o céu esteja limpo.

Alguns observatórios e astrônomos amadores farão lives nas redes sociais para transmitir a aproximação do intrigante 3I/Atlas com a Terra. É o caso do Projeto Telescópio Virtual, do observatório de Bellatrix, na Itália, que fará uma transmissão ao vivo no canal do Youtube.

A transmissão está prevista para iniciar por volta da 1h da madrugada e não há informações sobre a duração. A tendência é que dure algumas horas, enquanto seja possível a visualização do cometa. A narração deve ser em inglês ou italiano.

Passagem segura

A NASA e outras agências garantem: mesmo que atinja o ponto mais próximo da Terra nessa sexta-feira, o 3I/Atlas não representa nenhum tipo de ameaça ao nosso planeta – não há risco de colisão nem de qualquer outro evento semelhante.

O cometa vai passar a 270 milhões de quilômetros da Terra, quase o dobro da distância existente entre o nosso planeta e o Sol. Após a passagem, o objeto interestelar seguirá sua trajetória no espaço em direção a Júpiter.

Cientistas acreditam que em meados de 2030 o cometa vai deixar os limites do nosso Sistema Solar, seguindo a viagem pelo cosmo e nunca mais será visto.