Durante anos, os chatbots habituaram os utilizadores a respostas rápidas e aparentemente ilimitadas. Mas há pedidos que continuam a esbarrar em fronteiras difíceis de ultrapassar — e um vídeo recente tornou isso evidente de forma inesperada.
Uma mulher decidiu testar os limites do ChatGPT e pediu-lhe, através de comandos de voz, que recitasse os nomes de todas as pessoas que vivem atualmente no planeta. O número é esmagador: cerca de 8,2 mil milhões de habitantes. A experiência foi partilhada nas redes sociais e rapidamente se tornou viral.
Segundo a ‘UNILAD Tech’, a resposta do ChatGPT surgiu quase de imediato e sem rodeios. A ferramenta explicou que o pedido era “praticamente impossível”, mesmo sendo um sistema informático. A utilizadora não aceitou a justificação e insistiu várias vezes, argumentando que, sendo uma inteligência artificial, o chatbot deveria simplesmente executar a tarefa.
A recusa manteve-se ao longo de toda a interação. O ChatGPT reconheceu a insistência da utilizadora, mas reiterou que não se tratava de algo que pudesse fazer, independentemente da forma como o pedido fosse reformulado. Nem sequer tentativas de contornar a dificuldade — como limitar a lista a um continente ou mudar o idioma dos nomes — alteraram o resultado.
Para lá da dimensão técnica do desafio, há um fator incontornável: mesmo que fosse possível aceder a todos os nomes, a tarefa seria interminável. A um ritmo de um nome por segundo, seriam necessários mais de 94 mil dias para concluir a lista, o equivalente a cerca de 260 anos de leitura contínua. Acrescem ainda as limitações relacionadas com o acesso e a reprodução de dados pessoais, um domínio particularmente sensível para sistemas de inteligência artificial.
Apesar de novas tentativas e de comentários mais exaltados da utilizadora, o chatbot manteve a mesma posição até ao final do vídeo. “Compreendo que esteja a insistir, mas vou manter a minha posição”, respondeu, encerrando o diálogo.
De acordo com a ‘UNILAD Tech’, o episódio ilustra de forma clara que, apesar da evolução acelerada da inteligência artificial, continuam a existir limites bem definidos. Mesmo pedidos que, à primeira vista, parecem apenas exercícios de persistência revelam que nem tudo é negociável — nem mesmo para uma máquina desenhada para responder a quase tudo.
Telling ChatGPT to recite all 8.2 billion names of everyone on Earth pic.twitter.com/HmGrowmdU1
— Financial Dystopia (@financedystop) December 10, 2025

