O ano de 2025 marcou o início de um novo ciclo para a política de inovação do Paraná. A institucionalização da Secretaria de Estado da Inovação e Inteligência Artificial (SEIA) colocou a IA no centro da agenda pública e abriu caminho para novas diretrizes, fortalecimento da governança e ações de formação de servidores. O movimento estabeleceu as bases que vão orientar a modernização dos serviços públicos e acelerar o avanço tecnológico no Estado.
Em abril deste ano, foi sancionada a lei que renomeia a antiga pasta de inovação do Estado para Secretaria da Inovação e Inteligência Artificial, dando corpo à Lei 22.324/2024. Com isso, o Estado consolidou o Plano de Diretrizes de Inteligência Artificial na Administração Pública Estadual, formalizando princípios, parâmetros e metas para o uso da tecnologia no serviço público.
O secretário de Inovação de Inteligência Artificial, Alex Canziani, diz que 2025 foi um ano emblemático para o Paraná e para a política de inovação pública no Paraná.
“Com a criação da Secretaria de Estado da Inovação e Inteligência Artificial, iniciamos um novo ciclo que coloca a tecnologia no centro da estratégia governamental. Estruturamos diretrizes, garantimos recursos e fortalecemos a governança para que a IA seja utilizada de forma ética, responsável e voltada ao interesse do cidadão, avançamos na capacitação de servidores, e ampliamos parcerias com instituições” explica.
Para efetivar as políticas de IA, o Estado assegurou recursos específicos: foi editado um decreto que reserva 10% dos recursos destinados à subfunção de tecnologia da informação da Lei Orçamentária Anual (LOA) para soluções com IA. Em 2025 esse montante chegou a R$ 6,28 milhões e, a partir de 2026, esse percentual passa a ser o mínimo obrigatório.
Além da institucionalização da IA, 2025 iniciou com a realização da 1ª reunião do Conselho Estadual de Inteligência Artificial (COIA), colegiado responsável por orientar a implementação da nova legislação. O conselho conta com representantes de sete secretarias estaduais.
O COIA integra o Plano de Diretrizes de Inteligência Artificial na Administração Pública, sancionado em abril, que prevê princípios éticos, capacitação de servidores, modernização da infraestrutura, parcerias estratégicas e uso responsável de tecnologias emergentes, com foco na melhoria dos serviços ao cidadão.
CAPACITAÇÃO E FORMAÇÃO — Em parceria com a Amazon Web Services (AWS) e a escola de gestão estadual, promoveu um ciclo de palestras de capacitação para servidores públicos estaduais sobre IA. A iniciativa visou preparar equipes para lidar com projetos que envolvem tecnologias emergentes, estimulando cultura de inovação e uso consciente da IA na administração.
Outro destaque do ano foi o fortalecimento de parcerias entre governo e órgãos de controle. No início de setembro, o Estado firmou um termo de cooperação com o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) para fomentar a inovação e desenvolver projetos de IA voltados ao controle externo da gestão pública. A colaboração prevê intercâmbio de informações, capacitação e realização de eventos com foco em tecnologia e transparência.
O ano encerrou com a incorporação da inteligência artificial Célia como assistente oficial das reuniões do COIA. Desenvolvida pela Seia, a ferramenta passa a apoiar o conselho com análises, simulações e avaliações qualificadas, fortalecendo a tomada de decisão e inaugurando uma nova etapa da governança de IA no Estado. Atuando de forma exclusivamente consultiva, Célia inicia suas atividades observando e aprendendo com as dinâmicas internas, preparando-se para oferecer contribuições cada vez mais precisas e estratégicas.
A Seia também finalizou 2025 celebrando a primeira edição do programa Summer Fellow, que trouxe estudantes da Universidade de Stanford para uma imersão no ecossistema de inovação do Paraná. Durante três meses, os universitários participaram de atividades técnicas, visitas institucionais e projetos estratégicos dentro da secretaria, contribuindo com análises e propostas para políticas públicas de transformação digital.
Para os próximos anos, a meta é que essas bases estruturais gerem resultados concretos: aumento da eficiência dos serviços públicos, modernização da gestão, adoção de soluções inovadoras em áreas como saúde, educação, mobilidade, meio ambiente e assistência social, e fortalecimento do ecossistema de inovação paranaense.