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Inteligência Artificial em 2025: O Ano Mais Importante da História da Tecnologia.

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2025 foi o maior ano da história da inteligência artificial (até agora)

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O ano em que a IA deixou de impressionar e começou a impactar. Crédito: Alexandre Chiavegatto Filho | Estadão

O título desta coluna não é muito original. Há exatamente um ano, o título da minha coluna foi “2024 foi o maior ano da história da inteligência artificial (até agora)”.

A repetição é intencional. Ela serve para demonstrar a natureza exponencial do momento que estamos vivendo. E aproveito para fazer a previsão mais fácil de todas: 2026 será o maior ano da história da inteligência artificial, até 2027.

Ao longo deste ano, a IA não ficou só melhor. Ela ficou mais útil, mais presente e, por isso mesmo, mais inevitável. A mudança mais importante não foi uma técnica nova, nem uma demo mais bonita. Foi a passagem da curiosidade para a utilidade diária.

Em 2025, a IA começou a ser um componente cada vez mais importante do trabalho real, auxiliando em tarefas que ninguém posta no LinkedIn porque são pequenas demais, mas que quando adicionadas começaram a transformar a produtividade das pessoas e das instituições.

Essa invisibilidade da IA é, paradoxalmente, o seu maior sinal de sucesso. Deixamos de tratar a tecnologia como algo impressionante e passamos a conviver com ela embutida em nossos editores de texto, planilhas e sistemas de gestão.

O ano da IA começou com o tsunami DeepSeek e a ascensão das startups chinesas que encostaram nos gigantes americanos nos principais benchmarks globais, provando que a fronteira da inovação mundial não tem mais um único rei.

Este foi também ano em que a IA aprendeu a pensar antes de falar. Vimos a consolidação dos modelos de raciocínio, capazes de gerar tokens intermediários de reflexão antes da resposta final, um salto técnico que transformou as LLMs em um fenômeno de lógica e não apenas de linguagem.

Ao mesmo tempo, a fronteira entre o real e o sintético tornou-se cada vez mais indistinguível, devido às IAs de vídeo com áudio embutido, como o Veo 3, e à explosão das IAs de imagem que capturaram o imaginário popular (quem não se lembra da febre do estúdio Ghibli?), que levaram o uso de IA para geração de imagem a um novo patamar.

Vimos também os primeiros usos reais de agentes de IA, executando tarefas do início ao fim, e os primeiros usos de IA para descobertas científicas que, embora ainda sob forte supervisão humana, começaram a acelerar o ritmo da inovação em laboratórios ao redor do mundo.

A grande lição de 2025 é que a IA deixou de ser um evento para se tornar parte da nossa realidade. Para nós, paulistanos, ela já parece eletricidade. Só lembramos que existe quando ela falta.

O ano de 2025 vai ficar marcado como o momento em que a IA parou de ser um assunto de tecnologia para virar um assunto de produtividade, de ciência e de geopolítica. E é por isso que 2025 foi o maior ano da história da inteligência artificial. Não porque vimos o futuro, mas porque o futuro parou de parecer um lugar tão distante. E virou um hábito.

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