Universidades federais enfrentam dificuldades financeiras, depois de o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva bloquear R$ 1 bilhão do orçamento do Ministério da Educação (MEC).
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De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, publicadas nesta sexta-feira, 9, as reitorias preveem dificuldades para pagar despesas básicas e manter programas de assistência estudantil. O MEC, chefiado por Camilo Santana, informou que atende à programação orçamentária de sua pasta.
Governo reteve R$ 29 milhões da Universidade Federal de Santa Catarina
O governo reteve, por exemplo, cerca de R$ 29 milhões da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
“Isso dificulta o planejamento e a execução financeira”, afirmou a UFSC, conforme noticiou a Folha de S.Paulo. Além disso, a instituição prevê um déficit em 2024, semelhante aos anos anteriores.
José Daniel Diniz, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), afirmou à Folha de S.Paulo que há uma “expectativa de que o Orçamento de 2025 tenha um crescimento real sobre os recursos deste ano”.
Além da UFSC, governo congelou R$ 5 milhões da Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob). A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por sua vez, teve R$ 60 milhões bloqueados pelo governo Lula.
Instituições de ensino enfrentam problemas com obras paradas
Além disso, universidades federais enfrentam obras paradas ou atrasadas. Também há projetos abandonados, em razão da queda no Orçamento.
Em junho, o governo federal anunciou um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de R$ 5,5 bilhões para parte dessas obras inacabadas, em meio à greve de professores e servidores. Reitores afirmam que os valores liberados ainda são insuficientes para retomar projetos e investimentos necessários.