Qual é a importância do Prêmio Nobel de Física de 2025?
Marcelo Takeshi Yamashita, professor do IFT/Unesp, explica como pesquisa impulsionou a tecnologia quântica. Crédito: Marcelo Takeshi Yamashita
O tempo pareceu pular uma batida no último dia 17, quando alguns dos relógios mais precisos do mundo foram afetados por uma queda de energia causada pelo vento. Os relógios atrasaram cerca de cinco milionésimos de segundo — muito mais rápido do que um piscar de olhos ou estalar de dedos.
Você provavelmente não percebeu, e o impacto foi mínimo. Ainda assim, para um padrão de tempo usado como ponto de referência para tudo, desde telefones celulares até aplicações aeroespaciais, mesmo o menor dos atrasos pode ser um grande problema.
Alguns dos relógios atômicos de alta precisão do governo americano ficam no câmpus de Boulder, Colorado (EUA), do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST), a agência federal que supervisiona o Serviço de Hora da Internet.
Enquanto ventos fortes sopravam pelo Colorado, um gerador falhou, causando atraso de cerca de cinco milionésimos de segundo, segundo e-mail que Jeff Sherman, funcionário do NIST, enviou a uma lista de e-mails pública.
A precisão da hora oficial dos Estados Unidos é importante para aplicações científicas, telecomunicações e infraestrutura, onde a sincronização entre dois ou mais locais é necessária, como para dispositivos GPS, transações bancárias e de ações, e até mesmo para e-mails.
Relógio atômico em Boulder, no Colorado, Estados Unidos Foto: R. ESKALIS/NATIONAL INSTITUTE OF STANDARDS AND TECHNOLOGY
Mas o impacto foi “mínimo”, de acordo com Rebecca Jacobson, do NIST, porque o sistema da agência é construído em torno de uma rede dispersa de relógios e servidores.
“Ninguém marca o tempo sozinho”, escreveu Jacobson em um e-mail, “e as redundâncias que fazem parte do nosso sistema nacional de cronometragem são projetadas exatamente para eventos como este”.
Relógios atômicos não são peças de tempo comuns. O relógio atômico mais sofisticado na instalação de Boulder usa lasers, detectores e micro-ondas finamente ajustadas, entre outros aparelhos, para extrair pulsos de tempo de átomos de césio.
Esse relógio é tão preciso que, se tivesse começado a funcionar há 100 milhões de anos, estaria atrasado menos de um segundo hoje, de acordo com o NIST.
O Serviço de Hora da Internet permite que computadores e outros dispositivos em rede sincronizem seus relógios internos com a hora oficial dos EUA, segundo o NIST. Muitos dispositivos são pré-programados para verificar uma vez por dia ou uma vez por hora, afirma a agência. A hora em nossos smartphones vem desses relógios atômicos, embora indiretamente.
A interrupção geral foi mínima, disse Sherman, em parte porque os relógios atômicos em outras instalações nos Estados Unidos, incluindo Fort Collins, no Colorado, e Gaithersburg, em Maryland, não foram afetados.
Ele também observou que muitas pessoas nos Estados Unidos acessam a hora oficial por meio internet, onde desvios de um milésimo de segundo são típicos.
Alguns links diretos de fibra óptica foram afetados pela recente queda de energia, disse Sherman em seu e-mail, sem dar detalhes.
Aqueles que dependem dos servidores do NIST também têm acesso a outras redes, em outros locais, para garantir o serviço ininterrupto, embora permaneça incerto o quão abrangente foi o impacto para eles. Felizmente, como disse Jacobson, “o tempo não está quebrado”.
Este artigo apareceu originalmente no The New York Times.
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