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Os bilionários do boom da inteligência artificial: maioria de homens com menos de 40 anos.

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O boom da inteligência artificial transformou bilionários de alto perfil, como Jensen Huang, CEO da fabricante de chips Nvidia, e Sam Altman, CEO da OpenAI, criadora do ChatGPT, em bilionários ainda mais ricos.

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E também produziu uma nova safra de bilionários — pelo menos no papel — vindos de startups menores. Essas pessoas podem se tornar futuros intermediários de poder no Vale do Silício, como os executivos ricos criados por booms tecnológicos anteriores, incluindo a febre das empresas “pontocom” do fim dos anos 1990, que depois investiram ou ajudaram a conduzir ondas posteriores de tecnologia.

Os novos bilionários da IA incluem Alexandr Wang e Lucy Guo, que fundaram a Scale AI, uma startup de rotulagem de dados que recebeu um investimento de US$ 14,3 bilhões da Meta em junho. Os fundadores da startup de programação com IA Cursor — Michael Truell, Sualeh Asif, Aman Sanger e Arvid Lunnemark — entraram para o clube dos bilionários quando sua empresa foi avaliada em US$ 27 bilhões em uma rodada de financiamento no mês passado.

Os empreendedores por trás da Perplexity (um mecanismo de busca com IA), Mercor (uma startup de dados com IA), Figure AI (fabricante de robôs humanoides), Safe Superintelligence (um laboratório de IA), Harvey (uma startup de software jurídico com IA) e Thinking Machines Lab (um laboratório de IA) também fazem parte do grupo dos que possuem patrimônio na casa das centenas de milhões de dólares, segundo as próprias empresas ou pessoas próximas às startups, além de dados do rastreador de startups PitchBook e reportagens da imprensa.

Gabe Pereyra (E) e Winston Weinberg, fundadores da Harvey. 'Sim, claro que são bilhões, mas é só no papel', disse Weinberg sobre sua fortuna — Foto: Stella Kalinina para o The New York Times
Gabe Pereyra (E) e Winston Weinberg, fundadores da Harvey. ‘Sim, claro que são bilhões, mas é só no papel’, disse Weinberg sobre sua fortuna — Foto: Stella Kalinina para o The New York Times

A maioria chegou a esse patamar depois que as avaliações de suas empresas privadas dispararam neste ano, transformando suas ações em verdadeiras minas de ouro.

Jai Das, sócio da Sapphire Ventures, uma empresa de capital de risco do Vale do Silício, comparou os novos bilionários aos barões das ferrovias da Era Dourada da década de 1890, que aproveitaram o boom tecnológico daquela época. Mas ele alertou que essa riqueza pode ser passageira se as startups não cumprirem o que prometem.

“A questão é quais dessas empresas vão sobreviver”, disse Das. “E quais desses fundadores realmente acabarão se tornando verdadeiros bilionários, e não apenas bilionários no papel.”

Aqui está o que você precisa saber sobre eles.

A jornada de Elon Musk até se tornar bilionário levou anos. Depois de se tornar milionário quando um de seus primeiros empreendimentos foi vendido ao eBay em 2002, o empreendedor de tecnologia só virou bilionário quando já estava à frente da montadora de carros elétricos Tesla e havia fundado a empresa de foguetes SpaceX.

Em contraste, a maioria dos novos bilionários da IA fundou suas empresas há menos de três anos, após a OpenAI lançar o ChatGPT, e então viu investidores elevarem rapidamente o valor dessas companhias.

Mira Murati, 37 anos, ex-executiva de alto escalão da OpenAI, anunciou sua startup de IA, Thinking Machines Lab, apenas em fevereiro. Em junho, a startup alcançou uma avaliação de US$ 10 bilhões sem ter lançado um único produto. (A startup, que se recusou a comentar, desde então lançou um.)

A Perplexity, liderada por Aravind Srinivas, afirmou que a busca pela sabedoria 'é muito mais importante do que a busca pela riqueza' — Foto: Michael Nagle/Bloomberg
A Perplexity, liderada por Aravind Srinivas, afirmou que a busca pela sabedoria ‘é muito mais importante do que a busca pela riqueza’ — Foto: Michael Nagle/Bloomberg

Ilya Sutskever, 39 anos, outro ex-executivo de destaque da OpenAI, lançou a Safe Superintelligence em junho de 2024. A empresa ainda não revelou um produto, mas está avaliada em US$ 32 bilhões após captar US$ 2 bilhões neste ano, segundo a PitchBook. A Safe Superintelligence recusou-se a comentar.

Brett Adcock, 39 anos, CEO da Figure AI, fundou a empresa em 2022. Seu patrimônio líquido é de US$ 19,5 bilhões, segundo a Figure AI. Aravind Srinivas, 31 anos, CEO da Perplexity, também criou sua empresa em 2022; ela está avaliada em cerca de US$ 20 bilhões, de acordo com a PitchBook.

A Perplexity afirmou que Srinivas não está focado em sua riqueza e que “prefere viver de forma modesta”, acrescentando que a empresa busca sabedoria, algo que “é muito mais importante do que a busca por riqueza”.

A acumulação de riqueza foi especialmente rápida neste ano. A Harvey, com sede em São Francisco, levantou capital em fevereiro, junho e neste mês. A cada rodada, a avaliação da empresa disparou, passando de US$ 3 bilhões em fevereiro para US$ 8 bilhões. Isso impulsionou a riqueza dos fundadores da Harvey, Winston Weinberg e Gabe Pereyra.

Weinberg, 30 anos, que mora com Pereyra, 34, e um terceiro colega de casa, disse que não pensa muito em riqueza. “Sim, claro, são bilhões, mas é tudo no papel”, afirmou.

A exceção à rapidez é a Scale AI, que cresceu de forma relativamente discreta até o investimento da Meta.

Lucy Guo, cofundadora da Scale AI, na DealBook Summit em Nova York — Foto: Amir Hamja/The New York Times
Lucy Guo, cofundadora da Scale AI, na DealBook Summit em Nova York — Foto: Amir Hamja/The New York Times

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, escolheu Wang, da Scale AI, de 28 anos, para ser seu diretor de IA. Guo, 31 anos, deixou a startup em 2018 e criou uma empresa de capital de risco, além da Passes, uma plataforma para influenciadores ganharem dinheiro com seu conteúdo.

A Scale AI e a Meta se recusaram a comentar, e Guo não respondeu a um pedido de comentário.

Eles têm menos de 40 anos

A juventude é uma marca registrada dos booms tecnológicos. Larry Page e Sergey Brin estavam na casa dos 20 anos quando fundaram o Google em 1998. Zuckerberg tinha 19 anos quando fundou o Facebook, em 2004.

Os mais recentes bilionários da IA também são jovens. “Assim como na Era Dourada original e no boom das pontocom, este momento da IA está tornando algumas pessoas muito, muito, muito jovens extremamente ricas, muito rapidamente”, disse Margaret O’Mara, professora de história da Universidade de Washington que estuda a economia da tecnologia.

Alexandr Wang, cofundador da Scale AI, em um fórum sobre inteligência artificial no Capitólio, em Washington — Foto: Shuran Huang/The New York Times
Alexandr Wang, cofundador da Scale AI, em um fórum sobre inteligência artificial no Capitólio, em Washington — Foto: Shuran Huang/The New York Times

Entre eles estão os fundadores de 22 anos da Mercor. Brendan Foody, o CEO, abandonou a Universidade de Georgetown em 2023 após fundar a empresa com dois amigos do ensino médio, Adarsh Hiremath, diretor de tecnologia, e Surya Midha, presidente do conselho. A Mercor, que se recusou a comentar, foi avaliada em US$ 10 bilhões em uma rodada de financiamento em outubro.

Outros jovens bilionários incluem Truell, o CEO de 25 anos da Cursor, e seus cofundadores, Asif, Sanger e Lunnemark, que também estão na casa dos 20 anos. Eles se conheceram no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e se formaram em 2022. Uma rodada de financiamento de US$ 2,3 bilhões no mês passado elevou a avaliação da startup — também conhecida pelo nome de sua empresa controladora, Anysphere — para US$ 27 bilhões, segundo a PitchBook.

A Cursor não respondeu aos pedidos de comentário.

O boom da IA elevou principalmente fundadores do sexo masculino ao status de bilionários, um padrão recorrente nos ciclos da tecnologia. Apenas algumas mulheres — como Guo e Murati — atingiram esse nível de riqueza.

A febre da IA ampliou a “homogeneidade” de quem faz parte desse boom, disse O’Mara.

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