AGU pede mais 30 dias para entregar leniência de empreiteiras da Lava Jato ao STF

Advocacia Geral da União argumentou que o assunto é complexo e que a greve de funcionários do CGU atrapalhou o processo

A Advocacia Geral da União (AGU) pediu mais 30 dias ao ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), para entregar o acordo de leniência que está em renegociação com as empreiteiras condenadas na operação Lava Jato. A AGU argumentou que a greve dos servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) atrasou a entrega.

O prazo estabelecido por André Mendonça começou em 10 de julho e terminou na última segunda-feira, 12. A greve dos servidores da CGU começou em 6 de agosto e durou 48 horas.

Um novo modelo dos compromissos da leniência foi fechado em 26 de junho, mas o texto ainda não traz detalhes como os valores e quantidades de parcelas e cronograma de pagamentos. Metha, Coesa (antiga OAS), UTC, Engevix, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e a Novonor (antiga Odebrecht) devem R$ 11,8 bilhões aos cofres públicos, em valores atualizados.

A AGU garantiu que reuniões, individuais e em grupo, foram feitas dezenas de vezes, mas não foi possível apresentar os detalhes que restam. As empreiteiras argumentam que o governo não está considerando a capacidade de pagamento das empresas. Isenção de juros moratórios e uso de até 50% de prejuízo fiscal para quitar débitos foram alguns dos benefícios oferecidos.

Segundo a Advocacia Geral da União, o prazo é terminativo e a negociação será entregue ao STF no fim do prazo para homologação

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