A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma prorrogação no prazo para renegociar os acordos de leniência de empresas envolvidas na Operação Lava-Jato. O titular da AGU, Jorge Messias, afirmou que ainda é preciso definir alguns pontos, mas adiantou que esse será o último pedido de ampliação.
Em fevereiro, o relator do caso, ministro André Mendonça, autorizou a renegociação dos acordos. Desde então, ele já prorrogou as tratativas duas vezes, a primeira por 60 dias e a segunda por 30 dias. Agora, a AGU solicitou novamente mais um mês para concluir as conversas. Mendonça ainda irá analisar o pedido.
— É um tema complexo, envolve a renegociação de acordos com sete empresas nesse momento. Nós avançamos muito na negociação com a Controladoria-Geral da União. Mas são questões que precisam ser melhor compreendidas e traduzidas para um acordo formal a ser apresentado perante o Supremo — afirmou Messias.
O ministro afirmou, contudo, que da parte do governo federal a intenção é concluir a negociação neste prazo:
— No nosso pedido, nós informamos que, da parte da União, da parte da AGU e da CGU, é o último pedido. Não haverá mais da nossa parte prorrogação. Quem firmar conosco o acordo, nós encaminharemos ao Supremo. Quem não firmar, infelizmente, nós daremos por concluída a negociação.
O valor total das multas das empreiteiras que estão sendo renegociadas passa de 11 bilhões de reais. As empresas envolvidas são a Novonor (ex-Odebrecht), Metha (antiga OAS), UTC, Engevix, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Coesa.