STF suspende emendas até nova lei de transparência • DOL

Ministra Nísia Trindade diz não haver motivo de alarme, mas de alerta

Um dos temas mais polêmicos dos últimos anos, as emendas impositivas, levantaram debates em diferentes esferas da política brasileira. 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou a suspensão das emendas impositivas até que o Congresso Nacional estabeleça regras de transparência e rastreabilidade para o uso desses recursos públicos. A decisão intensifica o atrito entre o Judiciário e o Legislativo, com o STF pressionando por maior controle sobre as emendas parlamentares, especialmente as chamadas “emendas PIX”.

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As emendas impositivas são uma parcela obrigatória do orçamento federal, cuja destinação é definida por deputados e senadores. No entanto, Dino tem cobrado mais clareza na aplicação das emendas individuais de transferência especial, modalidade conhecida como “emendas PIX”. No início de agosto, o ministro já havia limitado os repasses dessas emendas e ordenado uma auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) para analisar todas as transferências realizadas desde 2020.

Na decisão mais recente, proferida nesta quarta-feira (14), Dino suspendeu não apenas os repasses das emendas PIX, mas também as emendas individuais com finalidade definida e as emendas de bancada. Contudo, ele esclareceu que as emendas destinadas a obras já iniciadas e aquelas relacionadas a calamidades públicas, como as que atendem o Rio Grande do Sul, afetado por enchentes, não serão afetadas pela medida.

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Mais transparência

Na fundamentação de sua decisão, o ministro argumentou que a obrigatoriedade do pagamento dessas emendas vai contra princípios constitucionais, como o da separação de Poderes. Dino defende que os repasses devem obedecer a critérios técnicos de eficiência e que a transparência e a rastreabilidade devem ser prioridades, evitando que os recursos fiquem sob total controle dos parlamentares que propõem as emendas.

A decisão anterior do ministro, que estabeleceu mais critérios para a liberação das emendas PIX, foi proferida em resposta a uma petição da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). A entidade questiona a constitucionalidade desse tipo de transferência de recursos públicos sem a devida fiscalização.

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