Beef Day 2024 apresentou principais inovações na pecuária de corte brasileira e reforçou a importância econômica e alimentar do setor
A 4ª edição do Beefday foi realizada nesta quarta-feira (14), no município de Colina, interior paulista. O evento organizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, por meio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), em parceria com o Grupo de Estudos em Produção de Ruminantes (GEPROR), contou com mais de 2.500 representantes da cadeia produtiva da carne bovina e teve como missão promover a inovação na pecuária levando soluções para o setor, produzindo conhecimento e formando técnicos para atuar no segmento.
O secretário de Agricultura, Guilherme Piai, visitou os estandes do evento e ressaltou a cooperação do setor em conformidade com as diretrizes do governo e a capacidade produtiva do estado na pecuária .
“Estamos comemorando um setor que movimentou, só nos primeiro sete meses, US$ 1,5 bi em exportações em São Paulo. São mais de 11 milhões de cabeças de gado, maior exportador de proteína do mundo, o estado com a maior quantidade de plantas frigoríficas e hoje, nós temos finalmente, segurança jurídica no campo por meio da maior regularização fundiária e ambiental da história promovida pelo Governo de São Paulo”, disse o secretário.
O evento é um dia de campo de alta performance que reúne centenas de profissionais, pecuaristas de vários locais do Brasil e países vizinhos e técnicos das ciências agrárias como: zootecnistas, agrônomos, médicos veterinários, técnicos agropecuários e empresas da cadeia produtiva da carne (frigoríficos, indústrias de nutrição animal, treinamento e mão de obra).
Para o subsecretário de Agricultura, Orlando Melo de Castro, o cenário da pecuária paulista é uma referência nacional principalmente nos pilares que envolvem pesquisas científicas, produção de qualidade com práticas sustentáveis.
“É um compromisso da Secretaria de Agricultura, junto com as coordenadorias técnicas e só é possível, porque, temos Instituições de Pesquisas dedicadas a este segmento gerando conhecimentos e tecnologias. Nossos profissionais possuem expertise que fazem da Pasta uma marca muito forte para diversas parcerias”, disse o subsecretário.
O coordenador geral da APTA, Carlos Nabil Ghobril, destacou o evento como uma grande oportunidade de promover os resultados obtidos dos estudos científicos que contribuem cada vez mais para o desenvolvimento da cadeia produtiva bovina.
“Aqui nós temos um trabalho muito consistente na área da pecuária. Esta unidade é o berço do boi 777. Teremos um dia de campo, com uma programação muito instrutiva, uma forma de transmitir tudo o que realizamos com as pesquisas voltados para o setor”, frisou o coordenador.
O evento comemorado a cada dois anos, prestigia um marco histórico para o setor. O método Boi 777 é um conceito de produção que reduz a idade de abate e aumenta o peso da carcaça. A tecnologia patenteada envolvida no processo permite abater um boi com 21 arrobas em, no máximo, 2 anos. As perspectivas de ganho da técnica podem alcançar até 30% a mais de lucro para a fazenda.
O diretor geral da Apta Regional, Daniel Gomes, destaca que esta Unidade de Pesquisa é uma das 18 unidades no Estado de São Paulo. “A grande missão desta fazenda é transferir tecnologia diretamente da pesquisa para o produtor, visando maior rentabilidade ao produtor e saudabilidade da cadeia produtiva da carne.”
Atualmente, o sistema tradicional de produção pecuária demora até três anos para abater um boi com 18 arrobas. Com a tecnologia, é possível fazer um giro e meio nesse período. Produtores de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, Paraná e Rondônia já começaram a colocar em prática o modelo.
