Do Governo à Câmara, Marquinhos perdeu quase R$ 800 mil e ex-PSOL aumentou bens em 389%

Marquinhos Trad, Adonis Marcos, Giselle Marques e Magno Souza saíram da disputa ao Governo do Estado para uma vaga de vereador. (Foto: Reprodução)

O período entre as eleições ao Governo do Estado e o pleito de 2024 mostram que dois anos podem ser suficientes para fazer os candidatos melhorarem de vida, perderem dinheiro ou, simplesmente, ficarem na mesma. Além disso, tem a mudança de concorrer ao cargo político mais importante de Mato Grosso do Sul para o início da base, como vereador.

Na disputa pela Câmara de Vereadores, Adonis Marcos de Souza, ex-PSOL e hoje no Cidadania, viu seu patrimônio mais do quadruplicar, Marquinhos Trad (PDT) perdeu quase R$ 800 mil, enquanto Giselle Marques (PT) e Magno de Souza (PCO) seguem sem declarar bens à Justiça Eleitoral.

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Participante de eleições desde 2004, Marquinhos viu pela primeira vez seu matrimônio cair entre dois pleitos consecutivos. O ex-prefeito da Capital havia declarado R$ 2,851 milhões quando disputou o governo pelo PSD em 2022. Neste ano, a fortuna caiu para R$ 2,076 milhões, queda de 27%, na busca de tentar reiniciar a carreira política como vereador de Campo Grande, pelo PDT.

Quando iniciou a vida política há duas décadas, quando foi eleito vereador, Marquinhos declarou não possuir nenhum bem ou valor depositado em contas bancárias. Na eleição seguinte, em 2006, quando se elegeu deputado estadual pela primeira vez, ele já possuía R$ 227,2 mil.

O patrimônio praticamente quadruplicou em quatro anos, chegando a R$ 814 mil em 2010, conforme o Tribunal Regional Eleitoral. Em 2014, quando ganhou a terceira eleição consecutiva para a Assembleia Legislativa, ele declarou R$ 1,202 milhão.

A evolução no patrimônio de Marquinhos Trad:

  • 2004 – sem bens
  • 2006 – R$ 227.270,11
  • 2010 – R$ 814.088,42
  • 2014 – R$ 1.202.027,83
  • 2016 – R$ 1.400.126,51
  • 2020 – R$ 2.519.739,49
  • 2022 – R$ 2.851.236,09
  • 2024 – R$ 2.076.518,10

Apesar de não possuir a riqueza do concorrente Trad, o ex-líder sem terra Adonis Marcos não tem motivos para reclamar. Há dois anos, ele informou ter patrimônio de R$ 164,9 mil, quando representou a Federação PSOL/Rede. Hoje no Cidadania, o candidato vai brigar por uma cadeira na Câmara da Capital com R$ 807.331 declarados à Justiça Eleitoral, aumento de 389%, quase cinco vezes mais.

Adonis disputa eleição desde 2010, quando ficou de suplente de deputado estadual e informou possuir apenas um real de patrimônio. Em 2012, ficou sem nada. Dois anos depois, ao voltar a disputar uma vaga de deputado estadual, ele informou ter R$ 78,5 mil de patrimônio, sendo dois veículos os bens de maior valor. O patrimônio subiu para R$ 81 mil em 2016 e chegou a R$ 113 mil em 2020.

A evolução no patrimônio de Adonis Marcos:

  • 2010 – R$ 1
  • 2012 – R$ 0
  • 2014 – R$ 78.500,00
  • 2016 – R$ 81.902,36
  • 2020 – R$ 113.009,75
  • 2022 – R$ 164.932,00
  • 2024 – R$ 807.331,92

Advogada há vários anos, Giselle Marques novamente informou não ter nenhum patrimônio. Em 2018, quando foi candidata a suplente no Senado de Zeca do PT, a petista informou possuir uma casa no valor de R$ 69,8 mil. Em 2022, ela ficou sem nenhum bem a declarar, o que se repetiu neste ano, quando vai tentar se eleger vereadora na Capital.

A evolução no patrimônio de Giselle Marques:

  • 2018– R$ 69.860,00
  • 2022 – R$ 0
  • 2024 – R$ 0

Apesar de ter sido barrado pela Lei da Ficha Limpa na disputa ao Governo do Estado, devido a uma condenação por furto, Magno Souza vai tentar ser eleito vereador na segunda maior cidade de MS, Dourados. Assim como a dois anos atrás, o indígena não declarou nenhum bem em 2024.

A evolução no patrimônio de Magno Souza:

  • 2022 – R$ 0
  • 2024 – R$ 0

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