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a IA consumirá tanta energia elétrica quanto Nova York

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Espera-se que os próximos data centers da OpenAI atinjam 10 gigawatts de energia, o equivalente ao consumo de verão da cidade de Nova York, nos Estados Unidos. Essa quantidade seria adicionada aos já 17 gigawatts de projetos já planejados. A soma de ambos equivaleria a abastecer Nova York e San Diego durante uma onda de calor, ou à demanda combinada de Suíça e Portugal, por exemplo.

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Como explica Andrew Chien, professor da Universidade de Chicago, em entrevista à Fortune, essa escalada representa uma virada histórica: “Por 40 anos, a computação representou uma pequena parcela do consumo global de energia. Agora, pode atingir de 10% a 12% da eletricidade global até 2030″. O CEO da OpenAI, Sam Altman, justifica esses investimentos pela explosão da demanda. Segundo ele, o uso do ChatGPT aumentou 10 vezes em 18 meses. Ele defende uma visão em que a infraestrutura computacional se tornará a base da economia do futuro, com uso massivo de energia nuclear.

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(Imagem: Growtika/Unsplash)

Limites e um certo impacto ambiental

A aposta nuclear, apoiada por Sam Altman por meio de seus investimentos em fissão e fusão, enfrenta restrições de tempo e capacidade. “Até 2030, menos de um gigawatt de energia nuclear adicional poderá ser conectado à rede”, observa Andrew Chien, que destaca a lacuna em relação às necessidades anunciadas. Especialistas estimam que, no futuro imediato, apenas energias renováveis, gás natural e novos sistemas de armazenamento serão capazes de atender a essa demanda, apesar de suas limitações em termos de disponibilidade e regularidade.

Somam-se a esses desafios as consequências ecológicas impossíveis de ignorar. Os data centers exigem grandes quantidades de água para resfriamento, às vezes em regiões já sujeitas a estresse hídrico. A rápida produção e a renovação constante dos processadores Nvidia também geram fluxos de lixo eletrônico carregados de substâncias tóxicas. “As empresas prometeram infraestruturas limpas e neutras em carbono, mas a realidade da inteligência artificial ​​torna esses compromissos difíceis de cumprir”, insiste Andrew Chien na entrevista para a Fortune.

Os investimentos realizados também ilustram a escala da mudança: quase US$ 850 bilhões foram mobilizados para essa infraestrutura, incluindo US$ 100 bilhões fornecidos pela Nvidia para equipar locais com novos chips Vera Rubin. Mas a corrida por energia levanta uma questão fundamental: como podemos atender à explosão na demanda por energia sem aumentar a pressão sobre os ecossistemas e as comunidades locais?


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