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Accenture e Droga5 fortalecem operações no Brasil com IA

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A Accenture traz ao Brasil uma metodologia de imersão corporativa para empresas chamada de Client Value Experience (CVE). A solução busca conduzir experiências criativas e orientadas por dados no recém-inaugurado Connected Innovation Center (CIC) em São Paulo, onde faz sua estreia latino-americana. “O amadurecimento da agenda de transformação digital no Brasil e na América Latina criou o ambiente ideal para essa evolução”, diz Márcia Guerreiro, líder de CVE para a região. “Nossos clientes demandam conversas mais relevantes, decisões mais rápidas e jornadas executivas que ajudem a traduzir tecnologias emergentes em valor real, especialmente relacionadas a essa realidade agêntica.”

Com “realidade agêntica”, a executiva destaca a importância da inteligência artificial nessa disciplina. Ainda que a empresa já utilizasse IA anteriormente, a Accenture anunciou, em junho de 2023, investimentos de US$ 3 bilhões direcionados à área ao longo de três anos.

Em setembro, durante assembleia de resultados do ano fiscal, a empresa afirmou ter ampliado a integração de IA em todas suas entregas, principalmente consultoria, gestão, capacitação, comunicação e criatividade. “Triplicamos nossa receita em 2025 na comparação com 2024 a partir de IA generativa, aumentamos a de IA agêntica para US$ 2,7 bilhões, e quase dobramos nossas reservas direcionadas a IA generativa para US$ 5,9 bilhões”, afirmou Julie Sweet, CEO da empresa, durante a reunião com investidores e analistas. Esses números, segundo ela, dizem respeito apenas à inteligência artificial avançada, sem incluir ferramentas aplicadas a dados ou outras utilizações mais rotineiras.

Soluções como a CVE e o CIC são parte desse ciclo de desenvolvimento. Assim como a Droga5, rede de agências de criatividade da Accenture Song. “Temos revisitado processos e estruturas que possam ser beneficiadas por IA, seja numa questão de prazo ou escala”, explica Brisa Vicente, que é co-CEO da Droga5 São Paulo desde que a rede oficializou o novo nome, em novembro de 2024, para a operação brasileira, fortalecida desde a compra da Soko, anunciada em maio do mesmo ano.

Esse aporte em IA é central dentro da beligerância galopante no mercado de comunicação e marketing. A Accenture Song era considerada, até o início do ano, a maior holding do mundo, com receita anual de cerca de US$ 19 bilhões segundo ranking da publicação especializada Ad Age. Com a conclusão da compra do IPG pela Omnicom, este grupo então passou à frente, com cerca de US$ 26,4 bilhões em valor de mercado.

Vicente, da Droga5, afirma que o investimento em IA já tem surtido efeito de formas diversas, principalmente na economia de tempo com a produção de materiais de qualidade. “Até mesmo com estruturas de planejamento ou tool kits, que a gente demoraria eventualmente dez dias para fazer, que com a IA conseguimos reduzir isso para horas”, diz.

Temos um posicionamento de ser anti-noise. Ainda sabemos causar buzz, mas sem conversão em negócios, fica só barulho

Brisa Vicente, CEO da Droga5

Narrativa executiva

A CVE implica que clientes realizem um mergulho criativo-tecnológico para impulsionar os aprendizados nas respectivas empresas. Não há redundância, porém, entre o que esse novo processo oferece e o escopo da operação criativa da agência de publicidade, garante Guerreiro. “Enquanto a Droga5 cria campanhas e narrativas B2C e B2B para as marcas se conectarem com seus públicos finais, a Client Value Experience é uma iniciativa totalmente B2B, que a Accenture criou para si mesma, na intenção de oferecer jornadas estratégicas com os próprios clientes corporativos”, explica a líder Latam do projeto.

Ela acrescenta que o propósito da experiência é incrementar as soluções e o repertório de executivos por meio de capacitação, ideação, modelagem e aceleramento de ideias com foco no negócio. São colocadas à mesa tecnologias avançadas e casos reais de diversos setores que ditam dinâmicas e práticas tendo em vista melhorias específicas. O repertório de aplicação vai desde gestão até análise de dados, passando por jornada de consumo, produtividade e personalização, entre outros.

A imersão tecnológica no CIC é imprescindível, segundo a executiva. “Temos plataformas inéditas na América Latina que vão desde uma tela domótica até uma ‘cave’ imersiva que se transforma em uma infinidade de ambientes – desde uma linha de produção até a lavanderia de uma casa”, revela. “Não é publicidade. É estratégia, narrativa executiva, cocriação e visão de valor”, diz Márcia Guerreiro.

Anti-noise

Em outra frente, a Droga5 se aproveita da proposição disruptiva da Accenture para desenvolver estratégias de comunicação com foco no mercado final, ajudando marcas a criarem conexões com consumidores. “O nosso maior atributo sempre foi a sensibilidade cultural: Como provocar as marcas para que se envolvam na cultura e conversem com as pessoas de forma autêntica, genuína?”, indaga Vicente.

Uma campanha emblemática foi a “Código Dove”, projeto que provocava plataformas de IA a redefinirem padrões estéticos na construção de imagens femininas. Ao acrescentar, em prompts, a frase “de acordo com a campanha de Dove da Real Beleza”, a ferramenta gerava figuras mais diversas e representativas de mulheres. Criado ainda em 2024, o projeto foi repaginado neste ano e ganhou diversos prêmios, incluindo um Grand Prix no Cannes Lions.

“Foi icônico não só por Dove, que é uma marca maravilhosa e comemorava 20 anos desse projeto, com quem fizemos um trabalho criativo incrível e memorável. Mas também porque temos feito um trabalho consistente para outras frentes de cliente”, diz a CEO.

Ainda dentro de Unilever, ela cita a campanha recente para Cif na qual uniu a robustez da Accenture com a agilidade e o zeitgeist da Soko: a agência ativou o cantor Belo para responder se estava assistindo ao BBB 25 e “passando um pano” para sua ex, Gracyanne Barbosa, que competia no reality show. Vicente também comentou a intensa ativação de Stella Artois junto ao show de Lady Gaga no Rio de Janeiro, entre outras campanhas.

“Hoje trazemos o pensamento de negócios para o centro. Entendemos que todo nosso entorno tem muito ruído, é extremamente barulhento e a gente mesmo aprendeu a causar barulho e buzz na nossa jornada como Soko. Agora, como Droga5, temos um posicionamento de ser anti-noise. Ainda sabemos causar buzz, mas sem conversão em negócios, fica só barulho”, finaliza Brisa Vicente.

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Marcas & pessoas

ALEGRIA, ALEGRIA. O Banco do Brasil lançou nova fase do posicionamento Colecione Momentos com uma campanha de fim de ano. Embalada pela canção Seja Feliz, de Marisa Monte, a trilha é novamente interpretada por Thalma de Freitas, que já havia gravado música de Lenine para outro filme, lançado no meio do ano. A estratégia de mídia prevê televisão e digital e o filme central contou com produção da Piloto, áudio da Pulsoforte e criação da Nacional Comunicação. A agência também assina a recém lançada campanha de BB Seguros, focada em rádio, PDV e digital. No caso, a produção é da Charisme, com som da Direct Audio.

VAIVÉM. Cris Pereira Heal é a nova sócia da Batux, onde também assume como vice-presidente de clientes & mercado. Doug Reis chega à Lovely como head de arte. Na Snack Content, Larissa Magrisso é a nova head de criação e conteúdo. A W+E anunciou contratações, como o diretor de produção Rodrigo Vinhaes; o head de conteúdo Éder Sguerri; o head de arte Markus Corrêa e a diretora de arte júnior Isabelle Guimarães.

NAMORO OU AMIZADE. Com o projeto “Crush feelings”, o Tinder analisa com neurociência a navegação pela plataforma de relacionamentos. Com ideia criativa da Gut e tecnologia da 20Dash, seis usuários foram monitorados durante o uso do aplicativo. O estudo, cujo filme central é desdobrado em campanha, revela diversas situações em que as reações cerebrais indicam um match, mas a pessoa escolhe dispensar o candidato.

MARCO. A Mol Impacto, empresa especializada em desenvolver projetos de impacto social para marcas, comemora R$ 90 milhões em doações destinados a mais de 240 organizações sociais desde 2007. A quantia foi repassada para ONGs por meio de empresas como RD Saúde (Raia e Drogasil), Petz, Ri Happy e Pernambucanas. Entre os beneficiados estão GRAACC, Obra do Berço, Turma do Bem, Instituto Ayrton Senna e AACD.

CEIA TURBINADA. A Vibra lançou, em parceria com a chef Carole Crema, uma linha especial de panetones artesanais distribuída somente na rede BR Mania, a conveniência dos postos Petrobras. São três versões (chocolate, laranja, doce de leite) que dão seguimento a uma colaboração que já existia em outros produtos, como o Bolo Gelado de Coco. O plano de comunicação dos novos panetones prevê mídia exterior e TV.

M&A&OTHERS. O Grupo Globo vendeu 60% de sua parte na Eletromidia em Campinas ao Grupo EP, que também possui uma afiliada da emissora na região. O Grupo Dreamers anunciou uma nova empresa no seu ecossistema, a Play2Shop, dedicada a influenciadores digitais de live shop. A operação é comandada pela CEO Gabriela Comazzetto, que foi general manager Latam da plataforma de negócios do TikTok.

FOI BOM PRA VOCÊ?. A Jontex apresenta a campanha “Chega de fingir”, que faz um paralelo entre situações de mentiras rotineiras (rir de piada sem graça, esconder que não gostou de um presente) com o fingimento de prazer no ato sexual. O plano de mídia prevê TV e digital. A criação é da BETC Havas, com produção da Pródigo e som da Mr. Pink Music.

Accenture e Droga5 estão utilizando a inteligência artificial para reforçar suas entregas no Brasil, o que pode trazer benefícios significativos para a sociedade. A utilização dessa tecnologia pode otimizar processos, melhorar a eficiência e qualidade dos serviços prestados, e contribuir para uma melhor qualidade de vida para todos. É importante refletir sobre como podemos aproveitar ao máximo a Inteligência Artificial para promover avanços em diferentes áreas e impulsionar o desenvolvimento de nosso país. Vale a pena pensar em como podemos utilizar essa tecnologia de forma ética e responsável para alcançar resultados positivos para todos.

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