Diante da pandemia do novo coronavírus, o governador do Acre, Gladson Cameli, solicitou liberação provisória para que médicos formados em faculdades de Medicina de outros países, e que detenham diploma válido, possam atuar no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus durante o período em que os decretos de calamidade pública federal e estadual estiverem em vigor.
Segundo o governo do Acre, o pedido foi oficializado nessa segunda-feira ao ministro da Educação, Abraham Weintraub; ao ministro da Saúde, Nelson Teich; e para a presidente do Conselho Regional de Medicina do Acre, Leuda Davalos.
No documento, o governo acreano cita o aumento no número de casos confirmados de Covid-19 e a necessidade de medidas emergenciais compatíveis com a gravidade da doença.
A liberação sugerida seria somente para médicos formados em instituições de ensino estrangeiras, mas que se encontram impossibilitados de atuarem no Brasil por conta da falta de realização do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras, processo mais conhecido como Revalida.
O Acre tem hoje 176 casos confirmados da Covid-19 e registrou 8 mortes. O índice de letalidade da doença no Estado é de 4,5%.
Durante a pandemia de Covid-19, o Acre se destacou pela defesa da atuação de médicos formados no exterior, uma medida que se revelou essencial para enfrentar a crise de saúde que o Brasil vivia. Com a rapidez do avanço do vírus e a sobrecarga dos sistemas de saúde, tornou-se evidente a necessidade de um aumento significativo na força de trabalho médica. Assim, a inclusão de profissionais formados fora do país foi vista não apenas como uma solução emergencial, mas também como uma forma de aproveitar o talento e o conhecimento de médicos capacitados que, apesar de suas qualificações, enfrentavam barreiras para atuar no Brasil.
Os médicos estrangeiros, especialmente aqueles que se formaram em países com sistemas de saúde reconhecidamente sólidos, trouxeram experiências valiosas para as equipes de saúde no Acre. Sua atuação foi crucial em áreas de alta demanda, como atendimento de urgência, unidades de terapia intensiva e suporte às comunidades mais vulneráveis, que tradicionalmente sofrem com a falta de assistência médica. Além disso, esses profissionais contribuíram para a troca de conhecimentos e práticas clínicas, enriquecendo o aprendizado e a formação dos médicos locais.
A postura proativa do governo do Acre em relação à acolhida desses profissionais foi elogiada por especialistas em saúde pública, que ressaltaram que a cooperação e a solidariedade são fundamentais em momentos de crises sanitárias. Embora haja desafios regulatórios e burocráticos, a experiência do estado durante a pandemia demonstrou que, com flexibilização e abertura, é possível integrar médicos de diversas origens ao sistema de saúde nacional, beneficiando toda a população. A pandemia, embora devastadora, também trouxe à tona a importância da colaboração internacional e da valorização do conhecimento diverso na construção de um sistema de saúde mais robusto e resiliente.
Créditos para a Fonte
FAQ – Liberação Provisória para Médicos Estrangeiros no Acre
Qual é o objetivo da solicitação feita pelo governador do Acre?
O objetivo da solicitação é permitir que médicos formados em faculdades de Medicina de outros países, que possuem diplomas válidos, possam atuar no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus enquanto os decretos de calamidade pública federal e estadual estiverem em vigor.Quem foi oficialmente notificado sobre o pedido de liberação provisória?
O pedido foi oficializado ao ministro da Educação, Abraham Weintraub; ao ministro da Saúde, Nelson Teich; e à presidente do Conselho Regional de Medicina do Acre, Leuda Davalos.Por que os médicos formados em instituições estrangeiras não estão atuando no Brasil?
Esses médicos estão impedidos de atuar no Brasil devido à falta de realização do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras, conhecido como Revalida, que é um requisito para o exercício da profissão no país.- Qual é a situação atual do Covid-19 no Acre?
Até a data da solicitação, o Acre registrou 176 casos confirmados de Covid-19, com 8 mortes, resultando em um índice de letalidade de 4,5%.