
O professor e pesquisador do Programa de Mestrado e Doutorado em Direito da Unesc, Rodrigo Goldschmidt, proferiu palestra no 3º Congresso Iberoamericano Direito e Tecnologias Digitais, realizado nos dias 27 e 28 de novembro na 
Universidade do Minho, em Portugal. Convidado pela professora Alessandra Silveira, Rodrigo foi o único brasileiro entre os dezessete palestrantes do evento, que reuniu especialistas de Portugal, Espanha, Estônia, Colômbia e Brasil para debater os desafios da regulamentação da inteligência artificial na União Europeia. Sua apresentação abordou a “Inteligência artificial como risco psicossocial e seus impactos na saúde mental do trabalhador”.
A palestra revisou o regulamento da inteligência artificial promulgado pela União Europeia em 2024, analisando a doutrina mais recente no direito brasileiro e português sobre o tema. Goldschmidt também apresentou pesquisa jurisprudencial realizada no sistema judiciário brasileiro, relacionando os marcos regulatórios europeus aos impactos concretos na saúde mental e nas relações de trabalho. O aprofundamento no tema reforçou a complexidade do diálogo entre inovação tecnológica, saúde ocupacional e proteção jurídica.
“Ser o único representante brasileiro em um fórum tão qualificado demonstra o 
reconhecimento da pesquisa desenvolvida na Unesc em um tema de fronteira global. Discutir a regulação da Inteligência Artificial a partir de seus riscos psicossociais é essencial para construir um futuro do trabalho que seja tecnológico, mas também saudável e justo”, afirmou o professor Rodrigo Goldschmidt. “Além disso, a participação contribuiu para a visibilidade internacional do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade” , conclui.
O congresso trouxe pesquisadores das áreas de Ciência da Computação, Engenharias e Direito, promovendo um debate interdisciplinar sobre os desafios éticos, jurídicos e sociais da inteligência artificial. A troca de experiências entre especialistas de diferentes países e formações acadêmicas enriqueceu as perspectivas sobre a necessidade de regulação que equilibre inovação e proteção dos direitos fundamentais.
O evento representou um marco para a internacionalização do Doutorado Acadêmico em Direito da Unesc, recentemente aprovado. “A inserção de seus pesquisadores em fóruns de alto nível consolida a estratégia do programa de estabelecer parcerias e interlocução com centros de excelência mundial, alinhando a produção científica local aos debates jurídicos mais avançados sobre tecnologia e sociedade”, enfatiza Rodrigo.

