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A AGU (Advocacia-Geral da União) apresentou uma queixa-crime contra o candidato do MDB à Prefeitura de Diadema (SP), Taka Yamauchi, pela suposta prática dos crimes de calúnia, injúria e difamação contra o chefe do gabinete pessoal do presidente Lula (PT), Marco Aurélio Santana Ribeiro, o Marcola.

Como mostrou a coluna, o cientista político já havia ingressado com um pedido de indenização por danos morais na Justiça estadual. Agora, a AGU se soma à reação judicial ao emedebista.

Marcola acusa o candidato de associar seu nome ao de Marcos Willians Herbas Camacho, chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital), também conhecido pela alcunha de Marcola.

Ele afirma que Yamauchi tem promovido uma confusão entre os apelidos de maneira proposital, criando a impressão equivocada de que ele e o PT têm ligações com facções criminosas.

Durante debate entre candidatos à prefeitura realizado em 23 de agosto, o emedebista disse que “o Brasil vem sofrendo há muito tempo com crime organizado” e que “o tal de Marcola lá de Brasília” teria enviado dinheiro de forma irregular ao município de Diadema. O episódio é citado pela AGU na queixa-crime.

“Ao insinuar uma associação do senhor Marco Aurélio Santana Ribeiro com o crime organizado, o autor da declaração imputa-lhe fato desonroso à sua reputação, de forma deliberada, com o intuito de prejudicar sua imagem perante terceiros, a partir da propagação de informações falsas”, afirma o órgão, representado na queixa-crime pela Procuradoria-Regional da União da 3ª Região.

“Ao alegar que o querelante [Marcola] procedeu ao envio de verba pública federal de forma irregular que não foi utilizada para os fins a que foi destinada, o querelado [Yamauchi] imputou falsamente ao chefe de gabinete da Presidência da República a prática do crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas”, segue.

Na Justiça estadual, onde é representado pelo escritório Ricomini Piccelli Advocacia, o chefe de gabinete de Lula pede que Yamauchi seja condenado a pagar R$ 20 mil em indenização por danos morais.

Já a AGU, que diz ter entrado no caso após solicitação formal de Marcola e sustenta que a Justiça Federal tem competência para julgar um crime envolvendo a honra de um agente público federal, solicita a condenação do candidato pelos crimes de calúnia, difamação e injúria.

Procurado pela coluna, Taka Yamauchi não respondeu até a publicação deste texto.

Os advogados de Marcola afirmam que ele nem sequer concorre a um cargo eletivo para ser envolvido na disputa eleitoral dessa maneira, e que o fato de exercer função pública não deveria servir de pretexto para ataques.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH


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