Amazon Web Services transforma partidas da NFL com recursos de inteligencia artificial

Desde 2017, a Amazon Web Services (AWS) tem sido essencial na jornada de transformação digital da NFL, uma das ligas de esporte mais famosas do mundo. A parceria foi sendo aprimorada e, atualmente, a National Football League (NFL) utiliza tecnologias de machine learning e inteligência artificial (IA) da AWS para auxiliar na prevenção de lesões, análise de desempenho dos jogadores, organização e infraestrutura da liga e, principalmente, melhorar a experiência e engajamento dos fãs, com a captura e análise de dados em tempo real.

No dia 6 de setembro o Brasil receberá pela primeira vez na história uma partida da NFL e será possível ver parte da tecnologia em ação. Philadelphia Eagles e Green Bay Packers irão se enfrentar na Neo Química Arena, e os telespectadores poderão acompanhar dados e estatísticas geradas pela AWS durante a transmissão ao vivo.

Durante muito tempo, a NFL coletou e analisou dados de lesões manualmente. Isso levou a melhorias que tornaram o jogo mais seguro, mas os dados eram isolados e a avaliação era trabalhosa. A liga queria aprimorar esse processo para que pudesse avaliar as lesões com rapidez e em escala. “A NFL escolheu a AWS por sua experiência em inteligência artificial e aprendizado de máquina para ajudar a realizar sua meta audaciosa de previsão e prevenção de lesões”, explica Julie Souza, Head Global de Esportes na AWS.

Uma das ferramentas criadas é o Digital Athlete, que usa machine learning e IA da AWS para fornecer uma representação virtual 3D de um atleta com o objetivo de prever e evitar lesões nos jogadores. A tecnologia da AWS possibilita executar milhões de simulações de cenários específicos para informar às equipes quais jogadores correm o maior risco de lesão em determinada situação, desenvolver treinamentos e programas de recuperação individualizados, e identificar e avaliar iniciativas adicionais de segurança que incluem até eventuais mudanças nas regras do jogo. Os algoritmos do sistema podem executar incontáveis simulações de cenários para entender o impacto na saúde e segurança dos atletas, levando em consideração variáveis como temperatura, condição do campo, tipo de capacete e calçado utilizados.

Para construir a base da dados, a liga coletou informações a partir de dezenas de ângulos de câmeras e milhares de horas de filmagens de jogos, além de sensores instalados em protetores bucais, capacetes e ombreiras utilizados pelos atletas dos 32 times do campeonato. Também foram utilizados elementos sobre a superfície de campo, variáveis climáticas e revisão de vídeo quadro a quadro de todas as lesões graves para colher materiais sobre postura do atleta, comportamento, tipo de jogo, velocidade, vetores de forças e muito mais.

Usando a AWS, a NFL conseguiu simular 10.000 temporadas de jogo inicial, fornecendo a ciência por trás da mudança de regras desta temporada, com o objetivo de tornar o jogo mais seguro e emocionante.

“A tecnologia da AWS está mudando o negócio esportivo e ajudando os clientes a resolver problemas reais. Estamos aumentando o ritmo da inovação e mudando a maneira como coletamos, automatizamos, analisamos e alavancamos os dados de ligas e equipes, além de partes interessadas, como parceiros de transmissão, integradores de sistemas esportivos e arquitetos de soluções. Com o uso de dados valiosos, a AWS está ajudando as equipes a inovar em e desenvolver componentes-chave do jogo, como o design do carro da F1 e o Digital Athlete, da NFL”, afirma Julie.

A AWS e a NFL também estão desenvolvendo os primeiros modelos de visão computacional que podem detectar e medir forças que causam concussões e outras lesões, que ajudarão a determinar não apenas quando ocorrem os impactos do capacete, mas também a quantidade de força aplicada em cada impacto. Toda essa evolução beneficia o fã que está assistindo, tanto em casa quanto no próprio estádio, já que o jogo está cada vez mais interessante e seguro para os atletas.

Outro destaque é o Next Gen Stats, que promove transformações positivas para as equipes e, principalmente, para os fãs. A partir de sensores na bola, no campo e nas proteções dos jogadores é possível calcular a distância percorrida pela bola, o tempo de reação de um jogador de defesa, a velocidade máxima atingida por um jogador e até mesmo como a pressão dos defensores afetou uma jogada de ataque, além de outras informações interessantes. Mais de 300 milhões de pontos de dados são coletados e analisados a cada temporada a partir de tecnologias da AWS e disponibilizados ao vivo na transmissão para o telespectador.

Para esta temporada, a equipe de análise do Next Gen Stats trouxe um novo conjunto de métricas avançadas projetadas para revolucionar a forma como avaliamos o desarme (tackle), as decisões no ponto extra e a dinâmica ofensiva pré-snap. Alimentadas por IA e técnicas de modelagem estatística, essas novas ferramentas ultrapassam os limites da análise de futebol, oferecendo insights mais profundos sobre aspectos do jogo que são difíceis de quantificar.

Com os recursos de aprendizado de máquina baseados em nuvem da AWS, a NFL está levando o dia do jogo para o próximo nível. A tecnologia está sendo utilizada até mesmo na criação da tabela do campeonato. São 32 times, 18 semanas de jogos e cada equipe folga em uma das 18 semanas. Ao todo, são 26.000 fatores a serem levados em conta na disposição das partidas, como disponibilidade de estádios, requisitos de viagem, jogos no horário nobre, equilíbrio competitivo e rivalidades entre divisões. Considerando todas as variáveis, são mais de um quatrilhão de possíveis combinações, e a tecnologia se faz necessária para chegar a um resultado interessante para a NFL. Assim que o Super Bowl termina, a NFL começa a executar um algoritmo para analisar mais de 100.000 possibilidades de calendário para a próxima temporada, até encontrar a ideal.

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