Aneel dará resposta “célere” e técnica sobre postes ao governo

Em ofício, Aneel presta informações ao MME sobre solução para compartilhamento de postes

Em ofício, Aneel presta informações ao MME sobre solução para compartilhamento de postes | Foto: Freepik
Em ofício, Aneel presta informações ao MME sobre solução para compartilhamento de postes | Foto: Freepik

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou ao Ministério de Minas e Energia (MME) que “todas as instruções técnicas e jurídicas” referentes à Política de Compartilhamento de Postes “serão reaproveitadas para a célere instrução da matéria”. A declaração foi encaminhada ao governo nesta segunda-feira, 26, em resposta a ofício do ministro Alexandre Silveira na última semana. 

A Aneel reforçou que o tema seguirá no âmbito da Agência. “Ocorre que, durante o processo de votação pela Diretoria da Aneel, houve inovação legislativa sobre a matéria, exigindo nova instrução para adequar a proposta aos novos comandos”, explica o ofício, assinado pelo presidente Sandoval Feitosa.

A inovação legislativa em questão é o Decreto que impôs a cessão da exploração comercial do poste, enquanto que a alternativa em formulação na Aneel vinha sendo o contrário disso.

“As tratativas com as equipes técnicas da Aneel estão em andamento, as novas diretrizes trazidas no Decreto serão avaliadas nesse contexto em processo a ser conduzido por diretor relator a ser distribuído em sorteio público, será feito o alinhamento com a Anatel e o retorno do processo ao colegiado para julgamento quando todas as análises estiverem concluída”, concluiu a autarquia.

Ofício 

Na semana passada, o MME deu prazo de cinco dias para que a Aneel informasse a adoção de providências urgentes para imediato saneamento de algumas pendências, com indicação objetiva do prognóstico de implementação.

O compartilhamento de postes apareceu entre as pendências citadas pelo ministério, entre outras questões do setor energético que aguardam definições da Aneel, como a homologação da nova governança da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a divulgação de impacto tarifário.

O documento classificou o conjunto de pendências como a “formação de um quadro de alongada e crônica omissão na tomada de decisão” por parte da diretoria da Agência, “com vistas ao cumprimento de cronogramas de ações relevantes para a superação de etapas ou para entrega de produtos vinculados a importantes políticas do setor de energia”.

Ainda conforme o ofício do governo, “a persistência desse estado de coisas impelirá este Ministério [MME] a intervir, adotando providências para a apurar a situação de alongada inércia da Diretoria no enfrentamento de atrasos que lamentavelmente tem caracterizado a atual conjuntura”.

Na resposta encaminhada ao MME nesta segunda, o presidente da Aneel destaca que “a Lei de criação da Aneel garantiu a sua atuação de forma autônoma, estando legalmente submetida ao controle externo exercido pelo Congress Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas da União”.

“A Aneel reitera o seu compromisso com a sociedade brasileira no cumprimento de sua atribuições legais, enquanto Agência Reguladora de Estado, atuando em conformidade com as políticas e diretrizes do Governo Federal e Congresso Nacional, e que não mediremos os nossos melhores esforço para atuação harmônica com o Poder Concedente”, finalizou Feitosa.

“Intervenção”

Diante da preocupação sobre o que viria a ser uma “intervenção” na Aneel, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) solicitou que a Corte emita uma medida cautelar contra tal possibilidade. Em coletiva nesta tarde, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que houve “distorção” sobre o caso.

“Nos indigna muitas vezes a má interpretação do nosso ofício – [inclusive,] assinado, não é um telefonema, não é uma ameaça, muito longe disso – é um ofício oficial do ministro de Estado cobrando a formulação da regulação da política pública determinada pelo decretos presidenciais e pelas Medidas Provisórias enviadas ao Congresso Nacional”, criticou o chefe do MME (saiba mais aqui).

 

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