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Astros de Hollywood pedem proteção contra IA em carta enviada a Trump

Mais de 400 pessoas, entre astros e profissionais ligados à indústria cinematográfica de Hollywood, como Paul McCartney, Cynthia Erivo, e Mark Ruffalo, assinaram uma carta direcionada ao Gabinete de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca. No documento, elas pedem que o governo de Donald Trump não reverta as proteções de direitos autorais.

A carta destaca que empresas a exemplo do Google e OpenAI defendem que seja permitido treinar a inteligência artificial a partir de obras protegidas por direitos autorais. Isso se daria sem permissão ou compensação aos detentores dos materiais.

Além disso, argumentam que o acesso irrestrito a todos os dados e informações não apenas ameaçam filmes, livros e música, mas também o trabalho de escritores, editores, fotógrafos, cientistas, e outros profissionais que trabalham com computadores e geram propriedade intelectual.

“Olá, amigos e desconhecidos. Como vocês devem saber, houve uma recomendação recente feita pela OpenAI e pelo Google ao atual governo dos EUA que está ganhando força para remover toda a proteção legal existente ao redor das leis de proteção de direitos autorais para o treinamento de Inteligência Artificial. Essa reescrita da lei estabelecida em prol do suposto ‘uso justo’ requisitava uma resposta até as 23:59 de sábado [15.mar.2025], então nós enviamos uma carta inicial com os signatários que estavam disponíveis naquele momento. Estamos, agora, aceitando mais assinaturas para uma emenda ao nosso posicionamento inicial. Por favor, sintam-se à vontade para enviar isso para qualquer um que pense que pode engajar na manutenção ética de sua propriedade intelectual. Você pode adicionar o seu nome e de qualquer associação ou sindicato ou descrição de si mesmo que julgar apropriada, mas, por favor, não edite a carta. Obrigado por espalhar isso em uma noite de sábado!

A resposta de Hollywood ao Plano de Ação de Inteligência Artificial do governo e a necessidade de que a lei de direitos autorais seja mantida.

Nós, membros da indústria de entretenimento dos Estados – representando uma gama de cineastas, diretores, produtores, atores, escritores, estúdios, empresas de produção, músicos, compositores, designers de som, figurino e produção, editores, chefes, sindicato, membros da Academia e outros profissionais criativos da indústria – enviamos este posicionamento unificado em resposta ao pedido do governo para imputar o Plano de Ação de IA.

Nós acreditamos veementemente que a liderança global dos EUA em IA não pode acontecer às custas da nossa tão essencial indústria criativa. A indústria de arte e entretenimento dos Estados Unidos emprega mais de 2,3 milhões de pessoas com mais de US$ 229 bilhões em salários anualmente, enquanto fornece a base da democracia aos Estados Unidos, além da influência e poder de conhecimento no mundo. Mas as empresas de IA estão pedindo para minar essa força econômica e cultural enfraquecendo a proteção autoral de filmes, seriados de televisão, obras de arte, textos, músicas e vozes usadas para treinar modelos de IA fundamentais para empresas avaliadas em bilhões de dólares. Não se engane: esse problema vai muito além da indústria de entretenimento, uma vez que o direito de treinar IA com conteúdo protegido por direitos autorais impacta em toda a indústria do conhecimento dos Estados Unidos. Quanto as empresas de tecnologia e IA demandam acesso irrestrito para todos os dados e informações, eles não estão apenas ameaçando filmes, livros e música, mas todo o trabalho de escritores, editores, fotógrafos, cientistas, arquitetos, engenheiros, designer, doutores, desenvolvedores de software e todos os outros profissionais que trabalham com computadores e geram propriedade intelectual. Esses profissionais são fundamentais para como descobrimos, aprendemos e compartilhamos conhecimento como uma sociedade e uma nação. Esse problema não é apenas sobre liderança de IA, economia ou direitos individuais, mas sobre a continuidade dos EUA criando e controlando propriedade intelectual valiosa em todas as áreas”.

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